Ontem, no grupo, tratamos das influências midiáticas sobre os jovens em particular. Sabemos que, de fato, estamos vivendo um grande avanço tecnológico considerando tudo a que temos acesso nos dias de hoje. E tudo isto é apenas parte de um processo que avança cada vez mais rápido. Hoje encontramos, com muito maior facilidade, bons livros, filmes, músicas; nos contatamos, de forma imediata, com pessoas que amamos, divulgamos nossas idéias, além de tantas outras oportunidades favorecidas por este mundo tecnológico.
No entanto, ao lado destes e outros benefícios, temos, com muito maior freqüência e em muito maior volume, acesso a verdadeiras porcarias, lixos virtuais, televisivos, impressos. Tais coisas não são mais que veneno tecnológico. São tantas a ideologias divulgadas, as falsas filosofias que vestem o disfarce do senso comum, as novelas, filmes, comerciais, programas e livros que, falaciosamente, andam a convencer tantas pessoas dos maiores disparates. Mesmo os jornais, estes que deveriam prezar pela almejada neutralidade, têm distorcido as informações, e a serviço de que? A grande multiplicidade de alternativas também favorece o vício da curiosidade e a ociosidade, e como sabemos, vício atrai vício. Por vezes, ficamos zapeando a tv, à semelhança da net, e, em geral, é muito fácil contaminar-se com as besteiras que são oferecidas de graça. Há muitos que, sob a influência destes meios, vão se afastando e duvidando da religião, de Deus. Terminam por ignorar a tendência humana ao pecado e, diante da escolha entre algo produtivo e útil e um outro programa torpe e erótico, ou qualquer showzinho de comediantes apelativos, optam por estes últimos. E isto é somente uma via, uma porta para tanta podridão que poderá vir depois.
A disciplina simplesmente deixa de existir na vida destes "telespectadores"; vira sinônimo de caretice. A mortificação? “Coisa medieval”, é o que dizem. Os casos ridículos destas novelas frescas passam a ser imitados, juntamente com as baixas demonstrações do mais puro egoísmo, soberba, vaidade... E aí temos as jovenzinhas a passarem o dia diante de um espelho, como se vivessem para o cabelo, ou certos marmanjos a freqüentar freneticamente a academia, sonhando com os elogios ou olhares de outras tantas desocupadas, vestidas de mini-saias nas esquinas da vida. A moral se torna flutuante, e a religião, com suas prescrições rígidas, repressivas e ultrapassadas, passa ser atacada. O total desprezo pela vida intelectual instaura a ditadura do achismo que, como diz o escritor Francisco José de Almeida, em "A Virtude da Ordem", acha-se no direito de opinar desde a melhor loção pós-barba até a existência da alma. A estas alturas, ou melhor, a estas baixezas, ou vira-se um ateu, porque é chique, ou então vai-se procurar uma igrejola cujo deus imaginário satisfaça os próprios caprichos. Que tal aquele que diz: “pare de sofrer”? Lá na frente, quando um desses entra na Universidade, e os objetos da vaidade mudam um pouco, passam a revestir-se de um verniz de intelectualóide e a arrotar solenemente Marx, Freud, Think Wink e Dipsi...
Um computador, uma televisão, etc, não são coisas más em si. Não se trata de um discurso puritano. Como já dito no início deste texto, podem ser meios eficazes para um fim útil, nobre. Mas, com muito maior frequência, são dispensadores de tanta besteira...
Mesmo os poucos canais que pretendem dispor bons programas, informativos e religiosos são, às vezes, desinteressantes. Uma TV Cultura insiste em apresentar programas de cientistas ateus que, por sua vez, insistem em espetar os religiosos. Uma outra emissora católica prega a seu modo e mais entristece e desorienta do que evangeliza. Há já muitos que optaram por desligar de vez a TV. Nos dias de hoje, considero uma sábia atitude. Nosso Senhor diz que “os olhos são a janela da alma”. Selecionemos bem o que olhamos, não apenas na TV, mas na NET e até mesmo na rua, onde aquelas moçoilas insistem desesperadamente em deixar suas partes à mostra. Dias virão, talvez, em que vestirão somente um mini-papel, onde leia-se o preço, colado estrategicamente com durex, de modo a dar a impressão de um iminente soltar-se, acompanhado, quem sabe, de uma citação de Freud. Assim evitarão certa burocracia para o que pretendem, bastando um sinal de quem se interessar.
Claro é que nem todos são assim. Eu extremo o caso pra apontar o fim a que leva isso tudo. A mídia, sem dúvida, têm ensinado muita baixaria; às vezes, o que se vê é uma verdadeira capacitação de como se comportar num prostíbulo. E já são tantos os inocentes que, deseducados por estes programas, passam a imitar quem, na verdade, não mereceria qualquer crédito.
É, meus caros. Como cristãos, devemos ser aquilo que Nosso Senhor nos mandou ser: “luzeiros no mundo”; e o mesmo nos diz São Paulo ao escrever: “nós que somos do dia, não durmamos como os que são da noite”. Vigiemos, caríssimos, e não nos conformemos com este mundo. Utilizemos a mídia com critério, para o serviço do bem e da Verdade.
Fábio.
Cara Magna, eu soube que nesse tempo em que vedaram a comunhão diretamente na boca, o Pe. Celso não acatou a proibição, de modo que se podia comungar na língua normalmente com ele...
ResponderExcluirSabes alguma coisa disto?
Pax.
Cara Magna, na minha matutez, acabei excluindo, sem querer, o seu comentário. Perdoe-me.. Se puder, escreva-o novamente.
ResponderExcluirUm grande abraço...
Fábio.
Não conheço quem seja Pe. Celso. Contudo soube que alguns padres davam comunhão na boca mesmo com esta proibição. Por exemplo, o padre da paróquia em que frequento somente dá comunhão em duas espécies, portanto ninguém comunga na mão com ele, mas com aqueles M.E.Sagrada Comunhão, sim, pois dao comunhão em uma espécie; porém não pude receber pelo fato que soube que não convém comungar em ambas espécies devido as profanações. E além do mais estou neste dilema, se comungo em ambas espécies com o sacerdote, ou em uma com o ministro extraordinário da sagrada comunhão... o fato é que só tem ele aqui como padre, e é difícil eu ter que descer para ir em outra paróquia.
ResponderExcluirE sobre o que lhe enviou, foi uma palestra recente do Padre Paulo Ricardo que está disponível no site dele. Muito esclarecedora. Recomendo.
Sobre a palestra, tentei acessar mais cedo e não consegui. Tentarei de novo...
ResponderExcluirRecomento muito que conheças o Pe. Celso...
Ele continuou oferecendo a comunhão, numa só espécie, tanto na boca quanto na mão. Ficava a critério do comungante.