Finda mais um ano e esta tarde, sinceramente, não parece ter nada de especial a mais que as outras de todos os dias, muito embora já hoje eu tenha escutado que, nestes finais de ano, o tempo muda, o céu fica não sei cor e outras balelas... Mera questão de sugestão; a mesma causa das lágrimas presentes nos olhos da autora desta conversa. Poderíamos ser um pouco poéticos e dizer que a especialidade desta tarde, em particular, reside no fato de ser a única presente. No entanto, quando este artigo for lido, a referida tarde já terá passado. Muito provavelmente estaremos já sob os ares do novo ano.
Mas não é só isto que me intriga. Ainda nesta noite, até na Santa Missa, será facílimo notar que a maioria veste branco. Ora, isto como fator simbólico não tem nada demais. Mas parece que a coisa não fica aí... Questionados, alguns responderiam que o motivo da alvura de suas vestimentas consiste no desejo de, ao "romper" o ano, atrair a si imensas realizações e sucessos... E aqui começa a presepada.. Primeiro, temos uma relação causal totalmente subjetiva e inexistente; coisa de neurótico: um símbolo de algo é falsamente elevado a um fator de causa. Ora, o que fariam se disséssemos que o branco também pode simbolizar a anemia? Mas os queridos supersticiosos que assistirão a Santa Missa, tão devotos e graciosos, supõem que a coisa só funciona com aquilo que, momentaneamente, lhes ocupa o pensamento.
Dias atrás, convidei um colega para cantar numa Santa Missa destas de fim de ano. Objetou-me que, porque cantara na Santa Missa ano passado, o ano presente fora péssimo. Estabelecera uma relação a partir disso, supondo falsamente o ato de cantar na Santa Missa como causa de seu desprazer, e pediu pra ausentar-se do serviço... Outro dia, pra completar o rol de aberrações, uma mulher ajoelhou-se após comungar. Uma outra que estivera sentada ao seu lado, também voltando ao seu lugar após a comunhão, tratou de passar por cima das pernas da senhora ajoelhada. Esta, por fim, ao término da Santa Missa pediu para que sua colega lhe desenguissasse, e fez questão de novamente ajoelhar-se para que a cena cômica se efetivasse.
E a coisa não pára por aí. Nestes desejos de "Feliz Ano Novo", contra os quais nada tenho, a não ser, como já comentei, o seu fator acidental de substituição do Natal, não raro se escondem outras crendices supersticiosas, quando não declaradamente astrológicas. Desejar que as coisas melhorem é sempre bom, e não quero aqui aparentar ser pessimista. Ao contrário... Mas supor que as coisas melhorarão em virtude do simples suceder cronológico de dias ou da simples transição do calendário convencional é, por certo, muita ingenuidade. Não haverá nisto certa pretensão determinista, onde as coisas se moveriam por si mesmas? Outra atitude muito distinta, e que caracteriza o verdadeiro católico, é a recomendação do novo ano à Providência divina. Não nego que muitos possam ter isto em mente ao expressarem seus votos para o ano vindouro. Mas a grande maioria não... O movimento de translação da terra não vai causar promoções de emprego, nem arranjamentos matrimoniais ou coisas do tipo. É mesmo muito ingênuo ver que as pessoas supõem uma mudança qualquer no "destino" do mundo sem relacionarem-na à mudança de atitude dos residentes deste mundo.
Muito mais estranho é ainda a crença em alguma suposta felicidade, por parte dos católicos, sem vinculação imediata a Deus e à vivência da Fé. Tudo isto é muito sintomático da superficialidade com que a maioria trata as verdades católicas. Estas são deixadas de lado, reputadas a tempos mais ordinários. Agora é Ano Novo! E se muitos costumam a ir à Santa Missa, isto se deve simplesmente à tradição. A Santa Missa torna-se, então, a porteira da festa que adentrará pela madrugrada e a Santa Eucaristia precederá, talvez, a ingestão de quem sabe o quê...
Qual é a mudança que se espera, mesmo? Como dizia o Salmista: "Nada é novo debaixo do sol".
E isto é perfeitamente aceitável porque, se a eterna novidade que é o Cristo nascido é tão rapidamente esquecida, se os homens fazem a transição dos anos exatamente na mesma atitude de anos passados, qual seja, o desprezo pelo Verbo de Deus, não esperem eles que as suas mesquinhas ambições venham a se efetivar. E isto não se dá por causa de qualquer atitude vingativa de Deus, mas porque a felicidade, desde que verdadeira, não existe desvinculada do Cristo. Ainda que se atolem nos objetos de suas petições e nos frutos de seus esforços, enquanto o Cristo não for, de fato, a Boa Nova, a eterna novidade, então o sabor de seus presentes, de suas festas, de suas agitações será justamente insosso como sempre foi.
Mas então, sorriamos! Façamos deste terra um mundo de atores!!!! E Feliz Ano Novo!!
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Bem.. Para que não fique este gosto de "nada", termino por desejar, eu também, um feliz ano novo, mas realmente voltado para a Paz, o Amor e para aquela alegria que Nosso Senhor prometeu aos seus: "Que a minha alegria esteja em vós e que a vossa alegria seja plena". Com esta promessa, Nosso Senhor nos enche de reta esperança. Que em 2010 possamos converter-nos mais a Deus, progredirmos em todas as áreas de nossa vida, na totalidade da nossa alma, nos conformando em tudo com a vontade divina. Que em 2010 vivamos todos para Ele que nos comprou com o Seu Sangue.
Que a Virgem Puríssima nos conduza, ensine e guarde...
A todos, Pax et Bonum!!!!!!!
Fábio Luciano...
Dias atrás, convidei um colega para cantar numa Santa Missa destas de fim de ano. Objetou-me que, porque cantara na Santa Missa ano passado, o ano presente fora péssimo. Estabelecera uma relação a partir disso, supondo falsamente o ato de cantar na Santa Missa como causa de seu desprazer, e pediu pra ausentar-se do serviço... Outro dia, pra completar o rol de aberrações, uma mulher ajoelhou-se após comungar. Uma outra que estivera sentada ao seu lado, também voltando ao seu lugar após a comunhão, tratou de passar por cima das pernas da senhora ajoelhada. Esta, por fim, ao término da Santa Missa pediu para que sua colega lhe desenguissasse, e fez questão de novamente ajoelhar-se para que a cena cômica se efetivasse.
E a coisa não pára por aí. Nestes desejos de "Feliz Ano Novo", contra os quais nada tenho, a não ser, como já comentei, o seu fator acidental de substituição do Natal, não raro se escondem outras crendices supersticiosas, quando não declaradamente astrológicas. Desejar que as coisas melhorem é sempre bom, e não quero aqui aparentar ser pessimista. Ao contrário... Mas supor que as coisas melhorarão em virtude do simples suceder cronológico de dias ou da simples transição do calendário convencional é, por certo, muita ingenuidade. Não haverá nisto certa pretensão determinista, onde as coisas se moveriam por si mesmas? Outra atitude muito distinta, e que caracteriza o verdadeiro católico, é a recomendação do novo ano à Providência divina. Não nego que muitos possam ter isto em mente ao expressarem seus votos para o ano vindouro. Mas a grande maioria não... O movimento de translação da terra não vai causar promoções de emprego, nem arranjamentos matrimoniais ou coisas do tipo. É mesmo muito ingênuo ver que as pessoas supõem uma mudança qualquer no "destino" do mundo sem relacionarem-na à mudança de atitude dos residentes deste mundo.
Muito mais estranho é ainda a crença em alguma suposta felicidade, por parte dos católicos, sem vinculação imediata a Deus e à vivência da Fé. Tudo isto é muito sintomático da superficialidade com que a maioria trata as verdades católicas. Estas são deixadas de lado, reputadas a tempos mais ordinários. Agora é Ano Novo! E se muitos costumam a ir à Santa Missa, isto se deve simplesmente à tradição. A Santa Missa torna-se, então, a porteira da festa que adentrará pela madrugrada e a Santa Eucaristia precederá, talvez, a ingestão de quem sabe o quê...
Qual é a mudança que se espera, mesmo? Como dizia o Salmista: "Nada é novo debaixo do sol".
E isto é perfeitamente aceitável porque, se a eterna novidade que é o Cristo nascido é tão rapidamente esquecida, se os homens fazem a transição dos anos exatamente na mesma atitude de anos passados, qual seja, o desprezo pelo Verbo de Deus, não esperem eles que as suas mesquinhas ambições venham a se efetivar. E isto não se dá por causa de qualquer atitude vingativa de Deus, mas porque a felicidade, desde que verdadeira, não existe desvinculada do Cristo. Ainda que se atolem nos objetos de suas petições e nos frutos de seus esforços, enquanto o Cristo não for, de fato, a Boa Nova, a eterna novidade, então o sabor de seus presentes, de suas festas, de suas agitações será justamente insosso como sempre foi.
Mas então, sorriamos! Façamos deste terra um mundo de atores!!!! E Feliz Ano Novo!!
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Bem.. Para que não fique este gosto de "nada", termino por desejar, eu também, um feliz ano novo, mas realmente voltado para a Paz, o Amor e para aquela alegria que Nosso Senhor prometeu aos seus: "Que a minha alegria esteja em vós e que a vossa alegria seja plena". Com esta promessa, Nosso Senhor nos enche de reta esperança. Que em 2010 possamos converter-nos mais a Deus, progredirmos em todas as áreas de nossa vida, na totalidade da nossa alma, nos conformando em tudo com a vontade divina. Que em 2010 vivamos todos para Ele que nos comprou com o Seu Sangue.
Que a Virgem Puríssima nos conduza, ensine e guarde...
A todos, Pax et Bonum!!!!!!!
Fábio Luciano...
Muito legal o blog. Vejam o meu também: http://www.altarcristao.com/
ResponderExcluirCaso queiram trocar banner escrevam-me: nelson_monteiro@msn.com
Nelson, a paz de Deus.
ResponderExcluirObrigado. Também não conhecia o seu.
Já o adicionei na minha lista.
Atrevi-me também a adicioná-lo no msn.. rs..
Assim a gente pode conversar melhor a respeito do banner...
Grande abraço.
Que a Virgem Santíssima o guarde.