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Para avançar, deixa-te ensinar...


É absolutamente necessário a quem pretenda ter vida espiritual que se submeta ao juízo de pessoas mais maduras e experimentadas. Esta atitude só se torna possível, claro, a partir da negação da própria vaidade e da aceitação de que, a este respeito e a princípio, a pessoa nada sabe por si mesma. Os dias atuais são de profunda desorientação, sobretudo porque, afeitos ao costume luterano de um tolo individualismo, muitas pessoas que se interessam pela vida espiritual vêem-se capazes de orientar a si mesmas. Daí que muitos passam a vida inteira sem obter qualquer avanço, presos à própria mediocridade porque não permitem que um outro os conduza.

Se ridículo é este subjetivismo, mais disparatado ainda se torna pelo obstinado desprezo da tão rica tradição espiritual da Igreja. Por que, por exemplo, são tantos os carismáticos na Igreja? À exceção dos que insistem no erro, a maioria simplesmente ignora, desconhece mesmo o riquíssimo patrimônio místico católico. E é mister que, para avançar, o católico mergulhe nestes assuntos, seja a partir do conselho direto de pessoas experimentadas (o que hoje em dia é muito raro encontrar...), seja pela leitura e estudo das autoridades confirmadas pela Igreja.

Há muitos elementos que, à primeira vista, pareceriam interessantes e necessários a uma reta espiritualidade e que, no entanto, nada têm de espirituais e causam muito mais estorvo que avanço. Há frequentemente diversos cuidados que a alma cultiva e que, não obstante, são absolutamente desnecessários. E como a via é estreita e longa, se requer uma santa objetividade e simplicidade no caminho. Claro que tais elementos variam de vocação a vocação; o que se pretende dizer aqui é que não convém inventar um caminho segundo os gostos pessoais (alguns, de tão envaidecidos, desejam também aqui a absoluta originalidade), mas, antes, aprender dos já experientes e permitir que estes nos ensinem. Não há que negar, também, o caráter específico da vocação particular de uma alma. Este caráter, no entanto, não é algo que se cria, mas algo que se descobre, e isto também requer a adesão a um caminho objetivamente válido e a submissão  a uma autoridade.

Quando se abandona todo o desnecessário, resulta daí uma leveza, amiga da boa disposição, e que permite ao cristão avançar a largos passos... Que Cristo nos ensine a abandonar as preocupações inúteis e a corresponder ao seu chamado. Para tal, nos dê grande humildade...
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