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Pelos frutos, os conhecereis


Ainda ontem, numa breve reunião, deparei-me com a visão modernista sobre a Liturgia. Uma pessoa me questionava sobre a proibição de certas músicas na Santa Missa e, embora eu explicasse sucintamente, ficou no ar aquele senso de revolta, de "não aceito", de "não concordo" e tal; como eu sempre digo, uma pequena variação do "non serviam".

Esta reunião aconteceu um pouco antes de iniciar a Santa Missa. Pois bem, uma vez terminada, os GRAAs que estávamos ficamos na Santa Missa. Os interrogadores, porém...Vários podem ser os motivos, né? Mas o nunca estar lá não se justifica...

Teremos outra reunião, onde poderei ter mais tempo para uma exposição mais detalhada dos motivos pelos quais a Santa Igreja não permite a cacofonia nas Celebrações do Santo Sacrifício. É incrível, mas uma coisa tão óbvia assim ainda parece nublada aos olhos progressistas (e esses, o eram ao extremo).

E mesmo que seja tão claro que não existam razões para justificar esta posição liberal, ainda assim a obstinação no erro é tamanha!

E cá fiquei eu, pensando, depois. E lembrei-me das palavras de Nosso Senhor, onde Ele nos dá o critério para saber a proveniência de certas coisas: "Pelos frutos, conhecereis a árvore". É justamente isto, e aí eu lanço uma visão geral, mais abrangente, sobre toda a situação da Igreja hoje.

Os liberais, progressistas, modernistas, hereges de toda conta, são sempre os que abrem mão facilmente daquilo que é sagrado; são os que menos se dão, menos se entregam na vivência da Fé, mais facilmente transigem, isto é, menos amam.

Ao contrário, os que assumem um comprimisso de Missa diária, de respeito ao que a Igreja ensina, de respeito ao Santo Padre, de oração constante, de confissão frequente, de estudo contínuo, etc... estes em geral, se eram modernistas, deixam de o ser. E isto tenho visto repetidamente.

Os liberais tendem a, cada vez mais, se afastar, descuidar das questões morais, etc.

E, no fim, se concretiza o que Nosso Senhor disse acima.

Alguém poderia objetar: "mas e se a pessoa for fingida?" Rs.. Ou, pra usar um termo mais corrente por aqui, "se o sujeito for encapado?"

A vida cristã não é mero produto dos esforços humanos, como o supunha o bispo herege Pelágio. A Fé não é um naturalismo devoto. Não se alcança o que Nosso Senhor disse simplesmente porque agora deu vontade. Muito menos porque se decidiu encenar um pouco de santidade. A vida cristã, com as suas rigorosas exigências, com os seus apertados preceitos, supõe sempre a graça divina e a intimidade sincera com Nosso Senhor. 

Do contrário, teremos que aprender, tanto quanto necessário que, sem Ele, nada se faz direito. A mera encenação da vida devota torna-se uma coisa risível, desafinada, disforme... O demônio pode se disfarçar de anjo de luz e um ingênuo mal intencionado pode querer aparentar hipocritamente ser um santo. Mas, como dizia S. João da Cruz - e é coisa que sempre repito por aqui - não há demônio disfarçado de luz que, bem observado, não dê a perceber quem é.

Enfim, a vida morna, liberal, medíocre, etc., nunca é produto de uma alma sincera que busca a face do Senhor com verdade, visceralmente. A estas, Nosso Senhor concede o dom da humildade e uma visão clara. E a mínima visão clara é capaz de entender que o que a Igreja ensina, se acata; que Deus não muda e que toda revolta contra Deus e a Sua Igreja não tem outra fonte que não o orgulho puro e simples. E o orgulho é sempre uma reverberação do grito nojento da antiga serpente.
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7 comentários:

  1. É interessante obsevar como os senhores tacham de herege ou modernista qualquer um que não pensa como vocês. Aí fico a perguntar: será que no evangelho Jeusu chamou alguém de herege? Posso estar enganado, mas acho que Jeusu nunca qualificou ninguém como herege ou anátema. Aliás, um pecado que Jesus muito condenou no evangelho foi o do farisaísmo. Estou vendo um renascimento do farisaísmo na nossa Igreja: pessoas que se julgam melhores, mais santas, mais corretas que os demais. Para estes seria bom ler o capítulo 25 de Mateus e descobrir a visão amorosa e redentora de Jesus.

    "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
    Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?"

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  2. Caro Anônimo, míope, romântico e contraditório...

    Primeiramente, o fato de eu ter citado que os GRAAs ficaram na MIssa na referida ocasião, não nos coloca como critério para o certo e o errado. A partir do momento em que um de nós se distanciar do que diz a Santa Igreja, nós seremos o errado.

    Nosso discurso se fundamenta no que a Igreja ensina. Não é opinião nossa. Daí que se torna legítimo dizer que aquilo que se afasta da Verdade ensinada pela Igreja é, naturalmente, erro.

    Então, caro anônimo, herege e modernista não é quem não pensa como nós, mas quem não pensa como a Igreja. Acontece, porém, que os GRAAs intentamos pensar como a Igreja. Logo, é natural que hereges e modernistas pensem diferentes de nós. Entendeu ou quer que eu desenhe?

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  3. E aí vc começa dizendo que Jesus nunca chamou alguém de herege.. Jesus fez pior que isso. Chamou de "raça de víboras", "filhos do demônio", "sepulcros caiados", só pra ficar nuns poucos exemplos. Vc prefere, anônimo, ser chamado de herege ou de filho do demônio?

    Já Paulo usou o anátema, quando escreveu que qualquer um que pregasse evangelho diferente do que a Igreja anuncia, fosse excomungado. Duro, não? POis é... Isso é catolicismo.

    E eu acho muito interessante o que segue no seu comentário. Vc faz uma defesa romântica da tolerência, de que não se deve chamar os outros de hereges, mas termina nos julgando sugerindo que estamos incluídos na condenação contra o farisaísmo. rsrs.. Muito contraditório vc. Condena o julgamento e nos julga. Já vi que vc não absolve nem na sua própria visão..rsrsrs.

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  4. É Interessante mesmo, os senhores acham que a Igreja é maior e mais importante do que Jesus Cristo. Sempre acreditei que a verdade está no Evangelho, mas vocês ignoram o evangelho em favor dos anátemas tridentinos

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  5. Depois, vc tá vendo o farisaísmo se levantar na Igreja? Deve ser a falsa devoção dos hereges da Teologia da Libertação, não? Com sua máscara de cuidado pelos pobres como pretexto supostamente devoto e disfarce para a apostasia prática. Será isso? Deve ser..

    E o que vc entende por "visão amorosa e redentora de Jesus?" Vc acha que faz parte disso aquelas chicotadas que Ele deu nos vendilhões do templo? Vc acha que faz parte disso os termos fortes que Jesus usou?
    Deve fazer, né? Afinal, o amor não é sentimentalices, mas é seriedade.

    Por fim, vc usa o escape dos TLs. Interessante como vcs só valorizam as Escrituras em uns pontos estratégicos, não? rs..

    De fato, o amor se expressa em obras. Mas não de qualquer modo. De outro modo, um hipócrita, um ator poderia ganhar o céu só por interesse. Daí que S. Paulo escreve que ainda que eu faça tudo, dê meu corpo às chamas, faça peregrinação por toda a terra, e alimente a todos os mendigos, se eu não tenho algo chamado "caridade" , de nada vale. POis é, meu caro. E a caridade se perde com o mínimo pecado mortal.

    Deixou de ir um domingo à Santa Missa por preguiça ou porque não quis? Perdeu...

    Cristianismo não é filantropia, rapaz. Está anos luz acima disso.
    E na Escritura tem uma passagem que mostra o primeiro representante da TL (não.. não foi Dom Helder..rs) e a reação de Jesus diante disso. hehe. Ponho logo abaixo.

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  6. Jesus estava lá conversando e, de repente, chegou Maria Madalena com um frasco de perfume caríssimo. E começou a derramá-lo nos pés de Jesus. Ela o quebrou e o perfume, diz a Escritura, encheu toda a casa.

    Então, um precursor de Marx, chamado Judas Iscariotes, se aborreceu e declarou: "poderia ter vendido o perfume e ter dado o dinheiro aos pobres". Acho que este até pode ser um dos futuros temas da Campanha da Fraternidade, pelo andamento das coisas... rs.

    Mas aí Jesus respondeu: "Em qualquer lugar onde o Evangelho for pregado, isto lhe será lembrado em sua honra" E não é que Jesus apreciou o que essa muher fez? POis é... Terá sido o único pecado de Jesus? Não, meu caro. Aquilo era amor, autêntico e sublime. E é isso o que vale pra Nosso Senhor. Além do que, o perfume encheu toda a casa, isto é, aproveitou a toda a Igreja, porque foi autêntico amor.

    E Judas, o preocupado com os pobres? João diz que o que ele queria, naverdade, era roubar, pois era ele quem ficava com a bolsa.

    Pra terminar, lembro as plavras do Cardeal Fulton Sheen a respeito de Judas e, por extensão, a todos os adeptos da sua dialética esquerdista: "ele sabia o preço de tudo e o valor de nada".

    Que Nossa Senhora possibilite a sua conversão.

    Fábio.

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  7. E vc pôs outra pérola aí, né? Diz vc:

    "É Interessante mesmo, os senhores acham que a Igreja é maior e mais importante do que Jesus Cristo. Sempre acreditei que a verdade está no Evangelho, mas vocês ignoram o evangelho em favor dos anátemas tridentinos"

    Não achamos que a Igreja é maior ou mais importante que Jesus. A Igreja é a Sua esposa sem mancha, perfeita. E é profundamente amada por Ele, o mais Belo entre os belos. Disse Jesus à Igreja: "Quem vos ouve, a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita". Disse ainda: "IDe e ensinai".

    E quando Paulo ainda perseguia a Igreja, Jesus perguntou a ELe "por que Me persegues"?

    Daí se nota, caro anônimo, que não há fazer esta perigosa distinção que vc faz... Obedecer a Jesus é obedecer à Igreja. Do contrário, nem saberás ao certo quem é Jesus.

    Vc diz que a Verdade está nos Evangelhos. Pois bem. Está sim, mas não só. Disse Jesus aos Apóstolos: "Muitas coisas tenho ainda a dizer-vos, mas ainda não as podeis suportar". O que se deduz disso? Que Jesus seguiria formando a Igreja. E isto é tão óbvio que me dispenso de aprofundar isso. Por este pouco, já dá pra notar o quão absurda é a tese da Sola Scriptura.

    Mas tu dizes acreditar nos Evangelhos. Tenho posto citações evangélicas no decorrer destas respostas. Tu as acatas? Ou dizes acreditar nos Evangelhos assim genericamente sem na verdade saber do que se tratam?

    Por fim, apresente-me, por favor, qualquer tensão entre os Evangelhos e o Concílio de Trento..

    Por favor.. Vou ficar na espera.

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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