A verdade é que a Tradição viva do Catolicismo é como que a respiração de um corpo material. Renova a vida repelindo a estagnação. É uma constante, calma e pacífica revolução contra a morte.
A razão por que a Tradição Católica é uma tradição é haver uma só doutrina viva no Cristianismo: não há nada de novo para descobrir. A vida da Igreja é a Verdade do Próprio Deus espalhada na Igreja pelo Seu Espírito e não pode haver qualquer outra verdade para a anular ou substituir.
Só uma coisa poderia substituir uma tão intensa vida: uma vida diminuída, uma espécie de morte. A tendência constante da humanidade para se afastar de Deus e dessa tradição viva só pode ser contrabalançada por um regresso à tradição e pela renovação da única vida imutável que, no começo, foi comunicada à Igreja.
A única influência que pode realmente derrubar a injustiça e a iniquidade dos homens é o poder que respira na tradição Cristã, renovando a nossa participação na Vida que é a Luz dos homens.
Cada Cristão individualmente e cada nova idade da Igreja tem de fazer tal redescoberta, tal regresso às fontes da vida Cristã. Isso exige um fundamental ato de renúncia que aceite a necessidade de iniciar a marcha a caminho de Deus, sob a direção doutros homens. Tal aceitação só pode adquirir-se pelo sacrifício, e, em última análise, só um dom de Deus pode ensinar-nos a diferença entre a camada exterior de formalismo, que a Igreja por vezes tira dos elementos humanos que a compõem, e a corrente viva e interior da Vida Divina que é a única tradição Católica verdadeira.
A noção de dogma apavora aqueles que não compreendem a Igreja. Não podem conceber que uma doutrina religiosa consiga revestir uma expressão autoritária, clara e definida, sem imediatamente se tornar estátiga, rígida, inerte, perdendo toda a sua vitalidade. E, na sua frenética ansiedade de fugir a uma tal concepção, refugiam-se num sistema de crenças vago e fluido, um sistema em que as verdades passam como nevoeiro, ondulam e variam como sombras. Fazem a sua escolha pessoal de fantasmas no meio desse pálido, indefinido crepúsculo do espírito, e têm a cautela de nunca os apresentar à plena claridade do sol com receio de uma completa evidência da sua inanidade.
Concedem, como por favor, aos místicos Católicos uma espécie de simpática benevolência, porque julgam que esses homens excepcionais atingiram o cume da contemplação sem curar dos dogmas católicos. A sua profunda união com Deus é considerada como sendo uma evasão à doutrinal autoridade da Sua Igreja e, implicitamente, um protesto contra a mesma autoridade.
A verdade, porém, é que os santos chegaram ao mais profundo, ao mais vital, e também ao mais individual e pessoal conhecimento de Deus, precisamente por causa do ensino autoritário da Igreja, precisamente graças à tradição que tal autoridade salvaguarda e alimenta.
O primeiro degrau para a contemplação é a fé e a fé começa por uma adesão ao ensino de Cristo por intermédio da Sua Igreja: fides ex auditu, qui vos audit me audit. "Aquele que vos escuta, escuta-Me". E "é escutando que a fé se alcança".
Os dogmas da fé Católica não são simplesmente símbolos ou vagos raciocínios que aceitamos como arbitrários temas de estímulo, em torno dos quais pode formar-se e desenvolver-se uma salutar atividade moral; ainda menos verdadeiro é que qualquer idéia servisse, para o mesmo fim, tão bem como aquelas que foram definidas, ou que qualquer velho e piedoso pensamento fosse capaz de suscitar nas nossas almas essa vaga vida moral. Os dogmas definidos e ensinados pela Igreja têm uma significação muito preisa, positiva e determinada (...) A compreensão do dogma é o caminho direito e habitual para a contemplação.
Não é, no entanto, por um esforço do espírito que se chega à verdadeira contemplação. Pelo contrário, podemos facilmente extraviar-nos na floresta de pormenores técnicos que preocupam um teólogo profissional. Deus, porém, dá aos verdadeiros teólogos uma fome nascida da humildade, que não pode satisfazer-se com fórmulas e argumentos e que procura qualquer coisa mais próximo de Deus do que a analogia pode levar.
Thomas Merton, Sementes de Contemplação
A única tradição da Santa Igreja Catolica (ironia) é matar pessoas ou esquecem do Tribunal de Inquisição!? É se sentir deus e julgar as pessoas, é esconder livros no Index... Dentre outros!!
ResponderExcluirOh Tobias, vá assistir os Simpsons, faz favor.. Ou então, continue a ler seus gibis quietinho...
ResponderExcluirAcredito que vc nem tenha idéia do que foi a Inquisição. Leu Dan Brown? rs... oh Deus!
Depois, proibir a circulação de certos livros é algo muito interessante. Eu mesmo sou a favor... Veja só: vc vai dizer que a Inquisição matou milhões. Se estes livros mentirosos fossem proibidos, vc não precisava vir aqui e passar vergonha por falar do que não sabe, né? Aí vc diria: "bendito seja o Index".. rsrs
Muito bem Fábio... pela graça que carregas contigo; por poder cantar as verdades da fé; por anunciar a Santa Igreja do Deus Vivo e ressucitado, e exortar aqueles que não sabem o que dizem sobre A Igreja de Cristo, sobre dogma e tradição...Só se ama o que se conhece, e vc com certeza ama a Igreja Catílica e ao Cristo, pois onde esta a Igreja está Jesus Cristo. Fraterno Abraço
ResponderExcluir