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Respondendo a mais um erro protestante: a "Sola Gratia" reduzida ao "Sola Pó"

Perfeita a definição.. É uma boa vida... rsrs

Um rapaz - penso que seja rapaz, rs - anônimo me pede para dissertar sobre um tema que, entre outros, faz divergirem profundamente católicos e "evangélicos". Trata-se do princípio Luterano chamado "Sola Gratia", isto é, "somente a Graça" e que é apenas mais um dos tantos equívocos protestantes. Esse erro, porém, soa mais como uma ludibriação proposital, pois, neste caso, a afirmação protestante é tão obviamente falsa que surpreende que eles não se toquem disso. Pelo menos os "pastores" deveriam perceber o problema da sua argumentação.

Mas, vejamos. No texto que o anônimo me passa, proveniente de algum site "evangélico", lê-se o seguinte:

"OBRAS MERITÓRIAS, ESFORÇO HUMANO, RELIGIOSIDADE, LEGALISMO, ATIVISMO IGREJEIRO, SÃO TÃO LIXO E TÃO ABOMINÁVEIS A DEUS, QUANTO QUALQUER OUTRO PECADO QUE OFENDE E AFASTA DE SUA GRAÇA E DE SUA SANTIDADE.



"E Se é pelas obras, já não é pela graça". 

Não vou transcrever o texto todo por ser relativamente extenso e por conter idéias que reproduzem o que a frase acima já diz de modo claro. Sem querer também discutir certos erros históricos, sobretudo ligados às práticas católicas medievais, vou me ater a este tema especificamente. Os que quiserem ler o texto inteiro, só têm que ir aos comentários aqui.

Bom. A teoria luterana da Sola Gratia diz que o indivíduo é salvo só pela graça, sem qualquer contribuição do seu mérito pessoal. Portanto, qualquer coisa que o sujeito faça ou o tanto que se esforce não significam nada, não colaboram em nada para a sua santificação e para a aquisição da Salvação. Como o próprio nome diz, é de graça. Esta teoria, a princípio aparentemente lógica, se baseia tanto em uma interpretação errada de um trecho da escritura, como na própria teologia problemática e pessoal de Lutero.

Vamos ao trecho bíblico:

"Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das vossas obras, para que ninguém se glorie." (Ef 2,8-9)

É importante notar que essa frase é de São Paulo. Usaremos o mesmo Apóstolo posteriormente, para mostrar que ele não tinha qualquer conluio, nem de longe, com o devasso do Lutero.

Vamos à teologia do bebum. Lutero dizia que, quando Deus perdoa os nossos pecados, Ele não os apaga, mas apenas os encobre com o Seu manto. Portanto, não haveria, segundo ele, como o homem deixar o pecado; era impossível. Daí que Deus, querendo salvar o homem, não podia pedir-lhe o impossível, mas apenas esconder a sua mancha como que por baixo da Sua graça. Perceba a total independência entre o perdão de Deus e a necessidade de uma coerência de vida. Lutero foi o pai dessa teologia cômoda, pois ele mesmo foi um pecador inveterado. Se formos olhar certas frases do pai do protestantismo, veremos algumas pérolas do tipo: "Crê firmemente e peca muito" (veja outras "máximas" semelhantes aqui). Mas quem não vê que isto é um sofisma barato? É a mesma lógica que Lúcifer usou quando foi tentar Jesus: "Se és o Filho de Deus, se crês mesmo nisso, lança-Te daqui de cima". Se Lutero mostrava a sua plena confiança na misericórdia de Deus a partir de uma vida de pecado, porque ele não mostrava também a sua fé "inabalável" saltando dos abismos? Talvez ele tenha tentado fazer isso uma vez... quando se suicidou...

Dada uma olhadela na doutrina que subjaz ao princípio da Sola Gratia, expliquemos, então, o sentido da afirmação paulina e, depois, o reafirmemos com outros trechos da escritura.

Primeiramente, cumpre dizer que tampouco a Igreja Católica defende que a Salvação se adquire pelas obras. Se fosse assim, Nosso Senhor não precisaria ter vindo à terra e morrido em nosso lugar. É claro que, se o próprio Deus veio e fez isto por nós, é porque a aquisição da Salvação estava fora do nosso alcance. No entanto, Jesus no-la concede a partir do Seu Sacrifício na Cruz. A Igreja ensina que, por mais que alguém faça no nível natural, por mais que trabalhe, ele jamais pode elevar-se, por si mesmo, à ordem da Graça. Sobre este assunto, recomendo a leitura deste artigo. Portanto, não é meramente pelo esforço humano que se adquire a Salvação. 

Quanto à vida da Graça, nós a podemos ter desde esta vida e, se a possuímos, adquirimos como que um germe de vida eterna.

Só que a aquisição da Graça não nos dispensa, de modo algum, do esforço pessoal, pois ela não anula a nossa natureza; antes tende a aperfeiçoá-la. É como um instrumento musical. Uma música bem tocada, uma obra do Mozart, deve-se primeiramente ao talento de quem a executa. No entanto, para tal, requer-se que o piano esteja afinado. Os esforços pessoais que fazemos são uma colaboração com a vida da Graça, uma busca de fazer que a nossa vida esteja em conformidade com Deus, como que "afinada". Nós todos conhecemos as inclinações egoístas e sensuais que possuímos. É a Graça de Deus que nos dá forças para vencer este combate. É como alguém que, tendo caído num buraco e constatado que lhe era impossível sair pelas próprias forças, recebesse os instrumentos para tal e o aviso: "pode sair, é de graça". Ora, o que este sujeito faria? Ficaria de pernas para o ar? Claro que não! Usaria os instrumentos que recebeu e sairia. Mas isto demandaria, obviamente, esforços pessoais para que o sujeito correspondesse àquilo que lhe foi dado. O contrário, o não esforçar-se, seria antes um desprezo pela Graça.

Tomemos outro exemplo. Se, por acaso, algum banco aí começasse a distribuir dinheiro, dizendo: "venham, é de graça". Segundo a lógica protestante, seria suficiente ficar em casa assistindo o Faustão para garantir a sua parte. No entanto, voltando ao mundo real e à lógica das coisas, a gente sabe que, até chegar a conseguir uma pequena parte, teríamos de enfrentar filas, exercitar a paciência, ficar bastante tempo em pé, passar por uma ou outra situação constrangedora, etc. Ora, mas não era de graça? Sim, mas isto não nos libera do nosso esforço pessoal. 

Quem de nós, por exemplo, dirá que a chuva é uma coisa que se paga? Eu, particularmente, gostava muito de ficar no quintal de casa quando chovia torrencialmente. Sempre gostei de climas nublados, de trovões e essas coisas - embora também goste de dias limpos e ensolarados.. Eu adoro a Primavera (eu não cometi idolatria aqui... é só uma forma de dizer, rs). Voltando à chuva, sabemos que ela é de graça. No entanto, não nos molharemos se ficarmos quietos, parados no nosso quarto. É preciso sair de casa e ficar num lugar descoberto. Acontece que este esforço pessoal não contradisse em nada a gratuidade da chuva! Tá claro?

Vimos acima que essa "teologia da preguiça sagrada" que é a Sola Gratia repousa sobre o erro de que não é possível que abandonemos o pecado, mas apenas que o ocultemos sob a capa da graça. rsrs.. No entanto, toda a escritura testemunha justamente o contrário, isto é, que o perdão de Deus é eficaz, retirando da alma a mancha do pecado. Vejamos:

"Tende piedade de mim, ó Deus, segundo a vossa bondade; segundo a vossa grande misericórdia, apagai minhas iniquidades. Lavai-me e eu serei mais branco do que a neve... Apagai todas as minhas iniquidades. Criai em mim, ó Deus, um coração que seja puro e renovai dentro de mim um espírito firme. Não me rejeiteis para longe de vossa face; não me retireis vosso espírito santo. Devolvei-me a alegria de vossa salvação e sustentai-me com um espírito de boa vontade" (Sl 3,15)

"Sou eu, eu só que apago tuas prevaricações, ó Israel, pelo meu amor" (Is 43,25)

"Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29)

"O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado" (Jo 1,7)

"Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes há de possuir o Reino de Deus. [Interessante, parece até que Paulo tava falando de Lutero.. rs] Ao menos alguns de vós têm sido isso. Mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus." (I Cor 6,9-11)

Portanto, caríssimos, a vida espiritual não é um faz de conta, como pensava Lutero, não é um colocar por debaixo do pano as imundices; a vida em Deus é real. Deus é a Verdade e aquele que O segue deve conformar-se com a verdade. Como nossa inclinação, por causa da Queda, é ao erro, é preciso combater contra nós mesmos a fim de que Graça de Deus adquira liberdade e fluidez em nós. 

Temos, então, uma "mística do faz de conta" nos protestantes, e, ao contrário, uma "mística da Verdade" com os católicos. Perceberam o que está por trás desse negócio de "Sola Gratia"? Isso é uma esquiva de toda e qualquer responsabilidade. E, enquanto Lutero afirma esses e outros disparates, o Apóstolo João não esconde a verdade rigorosa: "Aquele que afirma permanecer nEle, deve viver como Ele viveu" (1 Jo 2,6) E eu vos garanto que Nosso Senhor não teve vida fácil. Ao contrário, Ele sempre dizia de Si mesmo: "Minha alegria é fazer a vontade dAquele que me enviou" e isso era de tal modo radical que Jesus ainda afirmava: "as raposas tem seus covis e os pássaros tem seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça"

Nem sinal da safadeza luterana.

Retomemos, então, o trecho bíblico que parece fundamentar o erro protestante:

"Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das vossas obras, para que ninguém se glorie." (Ef 2,8-9)"

"É gratuitamente" significa que não foi por nosso merecimento. De fato, Jesus vem a nós e nos redime por pura Misericórdia. Não era algo que Ele nos devesse. E não tínhamos nenhuma condição de pagar. Todos os sacrifícios de toda a terra desde o início do mundo sequer sonhavam em ser suficientes para redimir um único homem. Isto estava infinitamente além do nosso alcance. Portanto, foi gratuitamente que Nosso Senhor nos redimiu na Cruz; por pura bondade.

"Fostes salvos" não significa que temos, desde já, garantida a nossa salvação eterna. Os que aderem a Cristo são salvos, desde já, da morte da alma, da escravidão do pecado, pois Deus infunde, a partir do batismo e dos Sacramentos, a Sua Graça na alma, o que consiste como numa vida eterna começada. É como um ramo seco que milagrosamente retoma contato com a árvore e passar a receber novamente a seiva que lhe garante a vida. No entanto, podemos perder esta vida e retornar à morte. O "fostes salvos" não indica, portanto, a aquisição final da Salvação. E isto é lógico. 

Se observarmos, por exemplo, a ordem de Jesus: "Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito", o que Jesus nos pede extrapola infinitamente qualquer condição natural nossa. Como igualaremos o Pai em perfeição, se nem sequer sonhamos em alcançar os anjos? Só é possível a partir de uma coisa: a participação na vida íntima de Deus! E tal se dá quando recebemos a infusão da Graça na alma. "Quem crer em mim, do seu interior manarão rios de água viva". É esta Graça que purifica o fundo da alma e sobrenaturaliza as nossas ações. E, aí, a gente começa a entender melhor o "fostes salvos". Em outra passagem, diz Jesus: "Quem crer em mim, tem a vida eterna" (Jo 3,36). Notem o verbo no presente. Essa outra é ainda mais clara: "Quem come minha carne e e bebe meu sangue, tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6,55). Notem que o sujeito tem a vida eterna, porém será ressuscitado no futuro. Pra terminar esse tópico e passarmos para o próximo, vejamos essa: "Em verdade, em verdade vos digo: quem guardar minha palavra jamais verá a morte" (Jo 8,51) O "jamais verá a morte" significa que, desde o momento em que se tem a Graça, o sujeito passou da morte para a vida. É o que os doutores da Igreja chamam semen gloriae, ou germe de vida eterna. 

Porém, estariam os Apóstolos ou os discípulos de Jesus seguros de sua salvação eterna? Vejamos...

"Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros." (I Cor 9,27)

Esse trecho é perfeito porque vemos um Paulo que parece bastante católico e medieval. Ele castigava o corpo.. Oh!!!! Protestantes em coro: ooohhhhh!!! Detalhe: é o mesmo que escreveu o "fostes salvos gratuitamente", rsrs.. E o que se nota, também, é que Paulo tem medo de não ganhar a salvação: "de medo de vir eu mesmo a ser excluído". Portanto, será que Paulo se considerava infalivelmente salvo? rsrs. É claro que não.

E Nosso Senhor também corta as asinhas de quem afirma tal coisa:

"Aquele que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mt 10,22). rsrs.. Só quem perseverar até o fim. E vejam que o "será" agora está no futuro. Portanto, este tipo de salvação - que é diferente da primeira, no sentido de ser a sua consumação - só saberemos se a teremos no futuro. Ninguém pode dizê-lo desde já. 

E, sinceramente, isso é o que há no mundo de mais lógico. Todos nós sabemos que nós somos livres e, como seres livres, podemos aceitar ou rejeitar o favor divino. Ora, se alguém adere a Cristo um dia, pode renegá-lo no outro. Vejamos o exemplo de Judas. É por isto que temos, de fato, de lutar contra nós mesmos, a fim de que o nosso ser vá se conformando com Nosso Senhor. É o que fazia S. Paulo quando se castigava e punha o próprio corpo em servidão. Sinceramente, nada mais lógico. 

No restante do trecho no qual os protestantes se apoiam, lemos: "Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das vossas obras, para que ninguém se glorie."

Só que ninguém está dizendo que a salvação é nosso mérito ou provém das nossas obras. Nenhum católico jamais disse tal disparate. O que dizemos claramente é que a nossa natureza tem inclinações perversas e que, para seguir a Jesus, é preciso contrariá-la, domá-la, mortificá-la como o fizeram todos os Apóstolos e todos os Santos. Não é para que "compremos" a Salvação, mas para vencer as nossas más inclinações e ter uma decisão radical por Nosso Senhor. É o que S. Paulo recomenda aqui:

“E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com  as  suas  paixões e concupiscências” (Gal 5,24)

Isso é claríssimo! Protestantes, vão ler a bíblia...

E não é outra coisa o que Jesus quer dizer aos que desejam segui-lo:

"Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga" (Mt 16,24)

Veja agora essa: "Estreita é a porta, e apertado o caminho que leva para a vida, e poucos são os que acertam com ela" (Mt 7,13-144) Ora, mas não era de graça? Sim, continua sendo, mas você tem de se virar e se esforçar para encontrar. A porta está aberta, mas para chegar até lá você vai ter que mexer as perninhas... Sugiro que comece assim: volte para a Igreja, se confesse com um Padre e passe a estudar a Doutrina Católica e a frequentar assiduamente os Sacramentos.

E mais essa, uma das minhas favoritas: "O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele”. (Mt 11:12) Mais claro, nem o sol.

As obras não são uma barganha com Deus, mas apenas a comprovação de que o nosso amor a Deus não é o "faz de conta" de Lutero, mas é verdade, com implicâncias reais na nossa vida, com amor a Deus acima de nós mesmos, com negação de nós mesmos, com o abraçar da Cruz. É o que Jesus dizia:

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama" (Jo 14,21).

Portanto, o amor implica em assumir, em encarnar o que Jesus ensinou e isso não apenas em teoria, mas na prática, com a vida, de modo visceral. Assim como Ele assumiu a nossa natureza, é preciso que nós assumamos em nós os Seus preceitos divinos e o Seu modo de viver. É o que diz, ainda, São Paulo:

"E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (IICor 5:15)" Convenhamos que viver para Ele e não para nós mesmos não significa dar-se a uma vida pecaminosa, como o fez Lutero, mas, antes, batalhar contra nós mesmos a fim de que, colaborando com a graça de Deus, alcancemos a santidade.

E, só mais uma prova cabal de que é pelas obras, sobretudo, que provamos a nossa fidelidade:

“Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras.” (Mt 16,27)

Esse foi o Fatality de Jesus em Lutero... Protestantes, "peçam pra sair!" do erro de vocês e venham ao catolicismo, receber a vida da graça na alma e ter um legítimo e verdadeiro início da vida eterna! Depois não digam que eu não chamei...

Mas, continuemos... Leiamos somente mais alguns trechos em que a Sagrada Escritura nos mostra como os Apóstolos consideravam essencial o esforço por tornar-se apto para a Salvação dada por Deus.

"Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja" (Cor 1,24)

"De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? (...) Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá:"Tu tens fé, e eu tenho as obras." Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas obras. Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem (...) Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tg 2,14-26) - Lutero detestava essa passagem, rsrs..E os protestantes fazem malabarismos para não aceitarem o óbvio.

Pra terminar, pois eu mesmo já estou com dó, ponho só mais uma do mesmo S. Paulo, o que escreveu o trecho em que baseiam os defensores da Sola Gratia. Finalizo este artigo convencido de que a "Sola Gratia", depois deste combo de trechos da escritura, se tornou, agora, o "Sola Pó".

"Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais. Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível" (I Cor 9,24-25)

Portanto, a Graça de Deus de modo nenhum contraria ou dispensa do esforço pessoal. Antes, o motiva e o aperfeiçoa.

Salve Maria Santíssima

Fábio.
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2 comentários:

  1. otimo texto. O posicionamento católico a respeito de como alcançar a salvação realmente é mais equilibrado.esse seu site é muito instrutivo (e divertido também kkk gostei muito das imagens para ilustrar o artigo).
    Agradeço por responder meus questionamentos a respeito deste assunto pois eu tenho uma tia evangelica ( que também já se diz salva) que vive criticando a religiosidade dos católicos.
    A visão de igreja que ela tem também é diferente. Ela diz que a igreja de cristo é o conjunto formado por todos os salvos e não uma instituição religiosa com sacramentos e oficios religiosos.
    ela ficou quase um mês inteiro sem ir à igreja (culto) e não considera isso um pecado. já para o católico eu sei que isso é um pecado grave se ele deixar de ir a missa nos domingos.

    Eu poderia até imprimir esse texto e entregar para ela só que sei que não vai adiantar nada porque ela vive dizendo que "ela não lê a biblia como muitos; ELA ESTUDA A BIBLIA".

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  2. Caro Agnóstico,

    Fico feliz de que tenhas notado que o discurso católico é mais equilibrado. E isto acontece não apenas neste assunto em particular, mas em todos os demais temas. Eu sei que pode parecer pretensioso falar deste modo, mas não poderia ser diferente uma religião que tem o próprio Cristo por fundador e a promessa do Seu constante auxílio. E os que quiserem constatar isto que digo apenas terão de se dar ao trabalho de estudar a Doutrina Católica.

    Eu também gostei bastante das suas perguntas. Isto me dá ocasião de escrever sobre estes temas específicos, e sei que estas coisas servem para outros também.

    Sobre a sua tia, é a mesma situação de muitos. Sto Agostinho, depois que se converteu, teve de admitir que aquilo que antes pensava ser a Igreja, razão pela qual a atacava, não correspondia ao que, de fato, ela era. Na verdade, ele atacava um espantalho, uma invenção que ele mesmo - ou um outro - produzira.

    Estou convencido de que muita gente se converteria se ao menos tivesse um contato mais real com aquilo que a Igreja é.

    Só nos resta pedir a Deus que os conduza. Aproveito e peço por ti também, meu caro. ^^ Que Deus lhe dê a graça da Fé. Abraço.

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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