É sempre assim: em muitos dos eventos, encontros, retiros que há por aí, sobretudo os que acontecem com jovens, a maior esperança é que os participantes consigam fazer experiências afetivas mais ou menos intensas. É o que a Psicologia chama de cartarse e que consiste numa liberação emocional que, sem dúvida alguma, pode dispor a pessoa a uma generosidade maior a ponto de investir a si mesma naquele caminho que lhe foi apresentado. Tudo bem... A catarse, em geral, faz bem. Mas... até aí, não há nada de especificamente espiritual.
O grande problema é que esta experiência emocional não raro se torna a grande finalidade, ao ponto de muitos chegarem a identificá-las com as ações de Deus. Disto resultam três coisas muito problemáticas: 1) a expectativa pessoal da ação divina fica restrita a um âmbito muito estreito e, em última instância, não necessariamente espiritual. As demais formas de intimidade com Deus (formas mais profundas e substanciais) são ignoradas e desprezadas. 2) Se se entende que Deus age pela liberação emocional que se pode ter, nada impedirá, a princípio, que o próprio sujeito "force" tais experiências, buscando provocá-las ou estendê-las, o que tanto prejudica a sinceridade da pessoa quanto compromete a sua constância, pois é óbvio que tais sentimentalismos não podem e não devem ser um contínuo na vida. A pessoa perde a sobriedade e fica cativa de quaisquer enganações, pois o critério que lhe ensinaram pode ser reproduzido, sem dificuldade, em qualquer lugar. Isto, inclusive, vai descambar na sensualidade. 3) O sujeito, forçando em si mesmo tais experiências e identificando a ação de Deus com elas, torna-se um egoísta, ocupado primeira e unicamente em satisfazer os próprios desejos "espirituais", sem atentar em nada mais alto. Por "mais alto", essa pessoa geralmente entende "mais intenso" do ponto de vista da sensação.
Tudo isto, como já disse, é muito problemático e esconde, ainda, outras sutilezas, quase todas desinteressantes. Quem não perceberá que, neste contexto, pouca importância se dará ao campo preciso da Teologia? Por isto que é muito comum - comum demais - surgirem erros crassos nos discursos e pregações destes eventos. Depois, para muitos dos participantes, o retiro terá respondido uma questão fundamental da vida humana: "como eu posso chegar a Deus e viver com Ele?" Notem o seguinte: a pergunta é uma tensão que exige uma resposta. Enquanto há tensão, há busca. Porém, o retiro terá oferecido a muitos a resolução deste problema, o que lhes terá amortecido a dúvida. A questão é: terá sido esta resposta algo verdadeiro? Se não for, o problema agrava-se porque então não há mais busca e, portanto, o conhecimento desta verdade não mais buscada foi obstruído por um erro que se tomou por verdade.
Os que convivem neste meio - e eu já convivi por bastante tempo - conhecerão muitas pessoas que, não podendo reproduzir as tais experiências emocionais na vida cotidiana, começarão a transitar de encontro a encontro, de retiro a retiro, isentando-se de ter uma vida cristã no tempo ordinário. Será isto a vida santa que, muito inocentemente mas, também, irresponsavelmente, dizem aos berros que querem ter? Terá mesmo um cristão uma necessidade rigorosa de ficar reproduzindo sensações estomacais e arrepios para poder levar uma vida íntegra? Não, eu respondo. É claro que não. Um dos grandes problemas destes retiros é esse: lá, nos dois ou três dias, teremos muita gente convicta de que agora a coisa vai, agora vão tomar jeito. Porém, quando voltam à vida comum, em pouco tempo já estarão sentindo, de novo, o já tão conhecido descaso, a preguiça, os apelos da sensualidade, as correntes do egoísmo. E por quê? Porque o tal retiro, embora bem intencionado - não o duvido - pareceu ser, no fundo, mera distração, mera descontração, mera dinâmica de grupo, mero discurso levemente filosófico e moralista, mero cultivo de estados hipnóticos coletivos a partir da auto-sugestão dos participantes e, por fim, parece ter havido um certo tipo de superstição das emoções: "se eu senti foi bom; se eu senti bastante, foi muito bom; se eu não senti, não foi bom." Eis Deus reduzido a arrepios e espasmos. Eis a conversão apresentada como modo adocicado de viver. É óbvio, meus caros, que um tal "projeto de santidade" não vai longe. E se eu o denuncio aqui, não é simplesmente para acusá-los, mas para que os que trabalham com evangelização de jovens - e o GRAA também trabalha - atentem para estes problemas e comecem a dar importância àquilo que é "verdadeiramente verdadeiro". Vamos, então, à exposição de certas verdades que não podem ser ignoradas de modo nenhum na evangelização e que, não obstante a sua essencialidade, têm sido solenemente deixadas de lado para dar lugar aos gritos e trejeitos de pregadores de inspiração pentecostal protestante e que terminam por fazer confusão de tudo, dizer meio mundo de abobrinhas e, no final, ainda saem convictos de que são "pregadores da palavra". Não, não são... Sinto dizê-lo. Muitos deles são, no máximo, auto-enganadores; sujeitos inocentes que, à força de berros, passam a imagem de serem persuasivos. Neste tipo de contexto, uma frase profunda, cheia de sentido espiritual e dita com sobriedade é absolutamente ignorada, enquanto outra, non-sense, clichê, medíocre, mas dita aos berros e com bastante apelo emocional é capaz de arrancar lágrimas de alguém que, no fundo, não está preocupado em entender nada, mas quer apenas impressionar-se a cada momento. Não deixará passar, portanto, nenhuma oportunidade, ainda que não perceba o quão imbecil é recorrer a este tipo de subtefúrgio.
Vamos lá, então.
A primeira coisa que estas pessoas têm de se preocupar é em dar uma visão correta de Deus e, naturalmente, da alma humana. Só que, dar esta visão correta supõe necessariamente conhecer esta visão correta. Em muitos casos, ela não será conhecida sequer pelos organizadores do encontro. Se isto acontece, isto é, se os pregadores e demais pessoas que estão a trabalhar num determinado evento pretensamente católico desconhecem quem seja Deus e o que seja o homem, a única coisa que pode se dar é o que foi dito por Nosso Senhor: "cegos que guiam cegos cairão todos no mesmo buraco". Um pretenso guia deve, naturalmente, conhecer o caminho e o termo do caminho. Ora, este caminho não é outro senão o ensinado pela doutrina católica. Por que motivo, então, se faz tão facilmente, não somente abstração, mas até oposição a esta doutrina? Alguns dirão que o discurso teológico não é capaz de "tocar" o coração de iniciantes. Este tipo de alegação baseia-se num preconceito de fundo naturalista e esconde uma espécie de soberba e falta de fé. S. Paulo escreve, na primeira carta aos Coríntios, que não usava acréscimos nem suavizações nas pregações, para não desvirtuar a cruz de Cristo. (1,17) Isto demonstra que Paulo, como verdadeiro evangelizador que era, acreditava que a palavra de Deus, por si mesma, é dotada de força e de beleza. Ela atrai por natureza e, se mostrada em sua pureza, é apta para satisfazer os mais profundos anseios da alma humana. Não há que distorcer nada, portanto! Quando, ao contrário, queremos melhorar a coisa, torná-la mais deglutível, deixá-la mais emocional ou retirar as arestas mais incômodas do Evangelho, o que estamos fazendo é, simplesmente, revelando a nossa falta de Fé em Deus e supondo estupidamente que nós podemos ser os autores de um discurso mais maduro, mais eficaz. A auto-suficiência humana é, sem dúvida, sem fim.
Com isto, não estou a dizer que os "termos" utilizados precisam ser os mesmos termos técnicos da Teologia mais rebuscada. Não é preciso ler a Suma Teológica nas palestras a iniciantes. Mas, ainda que com uma linguagem simplificada e aproximada do cotidiano, não há que se desvirtuar o conteúdo preciso da pregação, sob pena de terminar por mostrar um "Deus" que é muito mais criação do homem do que seu Criador. E um "deus" que é segundo a nossa imagem e semelhança é, por força, uma ilusão, e uma ilusão não converte ninguém. É a verdade que liberta! E entendam aqui: a questão não está em manter simplesmente os nomes exatos das Pessoas da Trindade. Isto sempre se faz; o negócio é mostrar Deus como Ele é, segundo ensina a Doutrina Católica, a Verdade revelada pelo próprio Deus a respeito de Si mesmo.
Mas alguns costumam fazer uma distinção que pode ser um tanto ambígua: existe o discurso catequético, propriamente dito, e existe o que chamam de "discurso querigmático". A este último, atribuem um caráter mais espiritual e destinado à persuasão primeira daqueles que serão, pretende-se, os novos adeptos daquela proposta de vida. De fato, é possível aceitar esta distinção. Ela existe nos santos. Há um caso bastante ilustrativo disto: havia dois santos que se conheciam e dos quais agora não lembro o nome; um deles era bastante combativo no terreno da filosofia e da teologia mais técnica. Ele costumava vencer os hereges. No entanto, admitia: eu posso desmascarar as mentiras sutis no discurso herético. Mas, se a pessoa quiser converter-se, dirija-se ao outro. Isto pode parecer estranho para alguns, sobretudo para os que consideram que o único impedimento para a conversão de alguém está na compreensão errada de Deus. Porém, também existe, embora em menor número, aqueles outros casos de pessoas que compreendem a doutrina e os pontos mais importantes da Teologia e que, porém, não conseguem simplesmente aderir. Lembremos, caríssimos, que a Fé é um dom.
Pois bem. Uma certa distinção nos modos de expor o discurso cristão até existe, mas não pensemos que ambas sejam totalmente independentes, pois aí teríamos dois discursos essencialmente diferentes sobre um mesmo objeto, o que daria obviamente em contradição. O que acontece é que o discurso mais espiritual, destinado a acender o amor da alma para Deus, supõe necessariamente a retidão do discurso mais racional. Não é legítimo, portanto, sob pretexto de trabalho querigmático, ferir pontos da doutrina, pois a perfeição desta deve existir antes de um apelo afetivo. Lembremos que nas relações entre as potências da alma, o intelecto é anterior à vontade e esta age somente depois daquele. O intelecto encontra o objeto digno de amor e a vontade, só então, lhe investe o afeto. Por isto que a retidão da doutrina deve ser o suposto no discurso querigmático, pelo menos nos pontos mais essenciais.
Se este cuidado é tomado, não somente Deus será mostrado de modo coerente como, ainda, tal demonstração, sendo verdadeira, atingirá de modo muito mais profundo e direto a alma humana que é, em sua próprio natureza, essencialmente disposta para Deus.
Adentremos, agora, neste segundo ponto, e que eu penso ser quase tão sério quanto o primeiro equívoco. Se no campo da doutrina o negócio costuma ser problemático, quando consideramos o conhecimento da alma humana que essas pessoas geralmente têm, a coisa chega ao grau do risível. Não deixa de ser ridículo que estes pretensos guias pretendam conduzir outras almas sem sequer conhecer o que seja a alma humana. Se o leitor quiser ter uma pequena dimensão desta absurdidade, basta ler alguns tratados espirituais de alguns santos. Verão que o conhecimento do que seja a pessoa humana é essencial antes de alguém se arvorar o direito de guiar quem quer que seja. Se estes santos forem lidos, o leitor encontrará sutilezas da psicologia humana que os modernos sequer suspeitam. Em grande parte, o que acontece nos dias de hoje pode muito bem ser descrito por S. Paulo, quando escreve: "apartarão os ouvidos da verdade, e se darão ao prurido de novidades." Esta sede de novidade no homem moderno é tanta que ele parece pretender estabelecer uma nova ordem de coisas no mundo, inclusive uma nova estrutura da alma à força de um discurso medíocre repetido ao infinito. O que há é um idealismo exacerbado, mesmo dentro das igrejas. O que é dito não mais precisa adequar-se ao que existe anteriormente; agora, parece-se pretender que o que é dito é que molda o que existe. Nada mais falso, pois isto é pura e simplesmente uma revolução contra a verdade; a verdade que, segundo Jesus, é a causa da liberdade.
O maior ponto fraco que vejo nestes retiros e eventos é que as pessoas vendem a idéia de que, por causa de alguma experiência subjetiva, os participantes daquele final de semana amanhecerão, no outro dia, com uma vontade totalmente sadia e nunca mais inclinada ao erro. Eles até dizem que eles voltarão a um mundo que continua devasso e tal, mas parecem supor que aquelas pessoas terão forças de simplesmente se oporem e se tornarem heróis da santidade. Por que não dizem que, precisamente nas tentações, é a vontade humana que quererá cair? Os inocentes ficam a pensar que, na próxima tentação com que se depararem, eles vão lutar e vencer, mas ao fazê-lo, eles estão supondo uma vontade sadia, que não queira o que aquela má inclinação lhes sugere. Mas a inclinação ruim fará que justamente a vontade se volte em direção do erro! Isto porque a vontade humana é enferma! Para que readquira saúde perfeita, torna-se necessário entrar uma guerra que, muito além de um final de semana, deve ser estendida por toda a vida, sem tréguas! Além disto, este tipo de retiro não prepara a vontade sequer para uma semana, pois o que se vive lá, ao lado de pequenas privações, é um apelo às satisfações da sensibilidade, as mesmas que satisfazemos quando pecamos! Se as pessoas buscam grandes emoções fora da Igreja, nas drogas, no sexo desregrado, estes outros procuram convertê-los a partir de que? De grandes emoções! Objetarão que são emoções diferentes! De fato, muito diferentes, mas ambas estão a satisfazer a sensibilidade que, mais tarde menos tarde, quererá outras doses. Não podendo adquiri-las em contínuo no campo da espiritualidade, as forjará em outros campos, e não raro nos que pretendia ter deixado anteriormente. É que este tipo de coisa somente robustece o próprio egoísmo. A questão é que, por ser um pouco sutil - não muito -, estas pessoas dirão que isto que eu afirmo é falso. E de novo queremos apontar para a falta de tato destes pregadores e destes organizadores de eventos - pelo menos da maioria deles -, que só vêem o que lhes é absolutamente escancarado. Como querem conduzir almas se são míopes?
No início da vida espiritual autêntica, o sujeito deve animar-se a uma rigorosa ascese, que é um exercício da alma, também a partir do corpo, visando cortar os laços pecaminosos que foram cultivados ao longo de tanto tempo. E isto, antes de causar sensaçõezinhas agradáveis, é um negócio difícil, é árido, pois fere o egoísmo humano, desfaz apegos, retira falsas seguranças e falsas felicidades e provoca vazio. É por isto que Sto Antão dizia que o caminho da santidade não se abre senão a partir de um começo difícil. Por que raios este povo de hoje pensa que as coisas mudaram? Por que motivos no universo imaginam que Deus mudou ou que a alma humana tenha mudado? Por que raios pensam que, num mundo ainda mais depravado, as vias da santidade se tornaram milagrosamente mais fáceis? Se o caminho de Cristo fosse simplesmente o de experiências catárticas e de uma melosidade constante no trato com as coisas, teria ele chamado este percurso de "via estreita" e dito que são poucas as pessoas que a encontram? A partir destas constatações, entendemos que é no mínimo bastante equivocada a ideologia que subjaz a muitas destas propostas modernas de evangelização - muito bem intencionadas, não duvido, mas ingênuas.
Para educar a vontade, para que ela abandone seus apegos e volte-se a Deus para amá-Lo sobre todas as coisas e, n'Ele, amar todas as criaturas, é preciso um longo processo de mortificação e de combate da pessoa contra si mesma. Fazer pessoas acreditarem que a partir do outro dia tudo se resolverá magicamente é fadá-las à frustração. O máximo que conseguirão é fazê-las mais dóceis a estes encontros ou à idéia de Deus, o que permitirá que rezem um pouco e que abandonem hábitos muito graves que possam ter cultivado. Porém, os pequenos filhos da soberba distribuídos nas inclinações da alma, nos seus interesses, intenções, nos seus apegos; tudo isto se verá meio que imune a esta pretensa "santidade", pois nem o nível de profundidade nem o de sinceridade do sujeito alcança estas sutilezas. Quando digo "nível de sinceridade" não estou a afirmar que este povo é cafajeste ou totalmente dissimulado. A questão é que, para certos níveis de sinceridade, requer-se um correspondente nível de conhecimento de si mesmo. E isto falta a muita gente; daí a falta de profundidade, a inconstância e a mudança de resoluções tão comum quanto a mudança das fases da lua. As pessoas mais inconstantes são aquelas que estão como que no nível das sensações. Naturalmente, as sensações sendo muito mutáveis, estas pessoas também o serão, pois este será o critério para as suas decisões. Para o homem que se diz espiritual, porém, isto não é admissível. Requer-se profundidade. Se assim é, o que é que se deve esperar de pessoas que, num final de semana, aprenderam a identificar a ação de Deus justamente com as próprias sensações? Se nem a alma humana deve sofrer este grosseiro reducionismo, o que dizer de Deus?
Para que alguém se insira na vida espiritual de fato é preciso adotar um modo sistemático de mortificação. Deve, além disto, rezar bastante, o que é recomendado também nestes retiros. Mas, acima de tudo, deve aprender a cultivar a Graça na alma, e esta se perde com qualquer pecado mortal. Sem a Graça, os esforços que fazemos para a santidade se tornam incapazes de alcançar o seu termo. Negligenciar a Graça e, ainda assim, considerar a possibilidade da santidade é somente mais uma das mentiras da soberba que, de modo disfarçado, faz a alma pensar que, no fundo, tudo depende só dela e de sua maestria. Que modo há mais eficaz de enganar alguém? E esta é a grande razão pela qual tantas pessoas superficialmente bem intencionadas não conseguem avanços significativos e terminam desistindo, convencendo-se de que, no fundo, aquilo é impossível. Este tipo de desânimo é particularmente nocivo porque, além de arrefecer as boas intenções na alma, ainda lhe protegem contra futuras investidas do discurso religioso. Diante de uma pregação querigmática, o sujeito que já passou por isto tenderá a recusar aquela proposta, pois suporá que já conhece todo aquele processo e que isso, no fim, não funciona ou até nem existe. Resultado: o que, no início, começou como promessa ingênua de santidade termina, no fim, por ser garantia de ateísmo prático, proteção contra "ingenuidades espirituais".
E o que me dirão? Que isto não existe? Que isto não acontece?
E o que concluirão? Que este longo processo é tão somente casual? Não será, antes, fruto de uma orquestração? Não digo dos elaboradores do encontro ou do que quer que seja, mas de algo mais obscuro e que como que se mantém por trás das cortinas... Eu não descarto a possibilidade, sinceramente. Antes, a considero bastante provável.
Enfim, meus caros. Os evangelizadores não podem esquivar-se destas questões. São importantíssimas. Na verdade, são essenciais! Isso se queremos que a nossa intervenção não acabe por complicar ainda mais as coisas. Jesus já tinha dito: "sem mim nada podeis fazer." Tomemos cuidado com estas coisas e não queiramos inventar caminhos ou verdades alternativos. A Verdade é uma só e ela é, por sua própria natureza, bela, forte, atraente e capaz de enamorar qualquer alma humana que com ela tenha contato. Como S. João Batista, o nosso trabalho deve ser tão somente facilitar, aplainar o caminho para este encontro entre as almas e o sumamente amável Jesus.
Ad Iesum Per Mariam
Fábio
livro sobre a natureza espiritual do Seu Nome: http://www.agbook.com.br/book/116165--O_Poder_Secreto_do_Seu_Nome
ResponderExcluirSabemos que Satanás esforça-se por subverter os católicos transformando-os em cismáticos ou hereges, sem citar os inúmeros de fé mal formados ou deformados por alguns leigos e (ou) sacerdotes apostasiados e pela esquerdista TL, espiritismo, mídia, etc., infestando ainda mais a Igreja de dissidências.
ResponderExcluirDoutro lado, as seitas evangélicas quase todas pentecostais, cerca de 35 000 dissensas entre si, similares a centros espíritas: "auês", histeria coletiva, supostos exorcismos de maus espíritos para curas - o pastor ao enfermar-se não convoca outro para o exorcizar, vai ao médico; pessoas caindo ao chão em aparentes transes, descarregos, similares a grupos hilariantes "auês" RCCs, rebeldes às normas da Igreja, falsos católicos. Até os protestantes tradicionais censuram os irmãos de fé pentecostalistas, tachando-os de "espíritas disfarçados de evangélicos"! Sectários acusando a irmãos de hereges...
Note-se que Stálin infiltrou a Igreja desde a década de 30 de comunistas e outras sociedades secretas, insuflando a confusão em seu núcleo: a socialista TL, CEBs, etc., fora as interpretações propositais fraudulento-sectárias do Vaticano II de altos membros apostasiados para fustigarem a Igreja ainda mais na difícil missão de evangelizar.
Situação complexa: a Igreja sofre conspirações interna como os eventuais RCCs autonomistas, adeptos dos espalhafatoso, privilegiando os emotivismos, podendo até confundir fenômenos psicológicos com dons do Espírito Santo; os grupos RCCs são válidos se devidamente orientados por eclesiásticos competentes, sob rígidas normas às reuniões; ao contrário são garantidamente protestantes pentecostais travestidos de católicos.
Dever-se-ia melhor objetivar a fé, ao invés de ficar à cata de dons especiais carismáticos individuais que sugeririam egoísmo, orgulho e (ou) o típico luteranismo subjetivista: fé prazeirosa, êxtases, experiências místico-divinas, etc. Sobre o "falar em línguas", diz S Paulo: 1 Cor 14,19: Mas numa assembléia, prefiro dizer cinco palavras com a minha inteligência, para instruir também os outros, a dizer dez mil palavras em línguas. E em 1 Cor 14,22:...as línguas são um sinal não para os que crêem, mas para os que não crêem. São dons individuais, de difícil detecção se provém de si ou do animador com o grupo reunido, aportando mais individualismo que partilha de dons; idem, exorta-nos em aperfeiçoar-se na caridade que é perene. Veja 1 Cor 12,31 e 13+.
Restrições maiores ao "repouso no Espírito" em reuniões, por necessitar de "aprofundamento, estudo e discernimento"; quanto a exorcismos, atente-se ao cânon 1172, reservado ao Ordinário local ou seu preposto para discernir com perícia e objetividade o caso, jamais exercido por afoitos dirigentes RCCs. Rejeitem-se veementemente imposição de mãos em (ou) gestos de pedidos de curas simulando algo mágico ou ações similares comunicando dons, fluidos espirituais etc.; evitem-se termos como "batismo, ministério", etc, para não supor ambiguidades com os sacramentos.
Aliás, o S Padre Bento XVI em viagem a Benin, África, como noutras ocasiões, criticou as liturgias "atraentes": emotividades e manifestações ruidosas ou culturais às celebrações litúrgicas como anti eclesiais, instando-nos a um cristianismo "mais simples, profundo e compreensível", sob normas oficiais da Igreja, afirmando que tais manifestações sentimentalistas provêem de seitas pentecostalistas "aparentemente compreensivas e atraentes" mas são "sincretismo religioso e pentecostalismo protestante", advertindo-nos jamais os imitar; caso contrário, aparentaria sincretismo oriundo da própria Igreja praticado por aparentes membros.
Convém notar que há seitas autonomeadas RCCs sem vínculos com a Igreja; mais um esquema de enganação; mais um agregado aos grupos RCCs cismáticos.