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Pe. Paulo Ricardo, a Canção Nova e algumas considerações


Vi, hoje, o seguinte comunicado do Pe. Paulo Ricardo a respeito do triste caso recentemente tão comentado da Canção Nova:
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"Inúmeras pessoas têm me cobrado uma posição a respeito da recente decisão da Rede Canção Nova de Comunicação de incluir em sua grade televisiva um programa sobre a Doutrina Social da Igreja, apresentado por um líder do Partido dos Trabalhadores.

1. Com relação às opções ideológicas do referido partido, penso que as minhas manifestações públicas em defesa do ensinamento do Magistério da Igreja, em geral, e do Santo Padre o Papa, em especial, são tão claras e tão amplamente divulgadas que não creio que sejam o objeto do pedido em questão. Luto e lutarei sempre contra a ideologia marxista e suas agressões culturais aos valores cristãos (nos movimentos gayzista, abortista, etc.) e sua maléfica infiltração na Igreja.

2. Com relação à Canção Nova, é meu dever esclarecer o seguinte:

a. Recordo que, embora não seja membro da Comunidade Canção Nova, sou, mesmo assim, convidado regular para as várias atividades evangelizadoras que a Canção Nova mantém, nos diversos meios de comunicação. Apostolado este que desempenho voluntariamente e consciente de estar em plena comunhão com a Igreja.

b. Considero, portanto, que seja meu dever, em primeiro lugar, manifestar minha opinião sobre a atuação de alguns líderes da Canção Nova através do caminho institucional e privado, e só em segunda instância passar às possíveis manifestações públicas. Queimar esta etapa seria, a meu ver, uma falta de lealdade e de ética.

c. Com isto não quero absolutamente censurar as manifestações do público em geral e dos sócios contribuintes da Canção Nova. Manifestar a opinião de forma caridosa e legítima é direito do cidadão e dever do cristão.

Atuo na Canção Nova porque tenho a firme convicção de que, sem ela, a Igreja estaria, em muitos lugares, numa situação desastrosa. Com isto não atribuo à Canção Nova, nem enquanto comunidade, nem enquanto liderança, o caráter de inerrância ou de indefectibilidade, que, aliás, nenhum de nós possui.

Estou convencido de que, na atual conjuntura do Brasil, a Canção Nova ainda seja um instrumento da Providência Divina. Por isto, não posso concordar com aqueles que torcem para que ela pereça ou diminua sua influência. O que eu faço, e tenho feito sempre, é prestar minha ajuda, seja na ação, seja na oração, para que em meio à guerra espiritual e cultural que nós enfrentamos, a Comunidade Canção Nova seja fiel à sua vocação divina.

Várzea Grande, 15 de novembro de 2011.

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

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Pois bem. Andei lendo alguns blogs católicos que disponibilizaram este mesmo comunicado e vi, em comentários, as mais divergentes opiniões a respeito do que o Pe. Paulo escreveu aí. Permitam-me também dar a minha.

A primeira coisa que se deve considerar é que o Pe. Paulo realmente vê como um problema o ocorrido e pretende, sim, tomar alguma providência. Isto está nas entrelinhas do seu comunicado. Ele fala, por exemplo, que continuará lutando contra a infiltração esquerdista na Igreja. Ora, o episódio que ocorreu na Canção Nova encarna de modo inequívoco este tipo de infiltração. Seria difícil, inclusive, imaginar um modo mais explícito de isto se dar.

Depois, o padre ressalta que somente faz apostolado na Canção Nova porque tem consciência de estar em plena comunhão. Se, por acaso, o atual estado de coisas se mantiver indefinidamente, é óbvio que a manutenção do seu trabalho na emissora implicará em rompimento da plena comunhão o que, sem dúvida, não passará despercebido pela sua consciência.

Se o padre diz ser seu dever comunicar-se privadamente com os líderes da Canção Nova, é óbvio, mais uma vez, que o fará demonstrando sua desaprovação. Se o padre concordasse com este non-sense, não haveria qualquer necessidade de contatar os tais líderes e ele poderia muito bem recolher-se numa absoluta abstenção de juízo; pelo menos de juízo público. E se, além disto, ele fala de uma possível segunda etapa - que só virá caso a primeira não seja suficiente; portanto, haverá uma primeira - que consistiria numa denúncia mais aberta, não tenhamos dúvidas de que, sendo preciso, ouviremos o Pe. Paulo bradar a verdade com a coragem que lhe é característica e que todos já conhecemos.

Por fim, ao dizer que não atribui à Canção Nova o caráter de inerrância ou de indefectibilidade, o padre está a declarar, de modo muito claro, que reconhece ter a emissora cometido um erro. 

Pois bem. O Pe. Paulo - é o que se depreende deste seu comunicado - tem consciência do erro da CN e não se absterá de agir. No entanto, não o fará, antes de tudo, de modo escancarado. Se reservará, pelo menos a princípio, a um tratar com os responsáveis. Muitos reclamam desta atitude do padre, mas, a meu ver, este tipo de intervenção pode ser muito mais eficaz.

Eu penso que o Pe. Paulo esteja a considerar que isto não passou de um crasso erro da presidência da CN. Embora haja inúmeras convergências políticas que fazem crer num plano articulado, eu também não considero que este caso de ignorância seja impossível - talvez eu esteja sendo bastante ingênuo -. O Eto me parece muito bobo. Além disto, custa-me conceber que ele tenha, de propósito, convidado o tal Edinho para apresentar um programa na sua TV justamente depois da recomendação do Santo Padre de que ele providenciasse um programa sobre a Doutrina Social da Igreja. Parece-me que o Eto sequer imagina o que seja a Doutrina Social. 

Temos, então, duas possibilidades. Ou o Eto é mesmo um mal caráter, e há indícios que podem levar a crer nisto. Ou o Eto é um bobo útil aos interesses de outros que o estariam utilizando, estes sim, diabolicamente. Não poderíamos, porém, dar o mesmo favor da dúvida ao Gabriel Chalita, este sujeito realmente estranho, desde a estética até o discurso.

De fato, estamos todos a lamentar que um inimigo da Igreja tenha sido convidado oficialmente para protagonizar um programa televisivo, numa emissora dita católica, e que tratará de nada mais nada menos que da Doutrina Social da Igreja, que é, por natureza, totalmente avessa aos devaneios marxistas. No entanto, por um lado, isto foi bom. Veremos, agora, de modo mais definido, a natureza desse povo.

O que a CN deveria fazer? O mais digno seria admitir que errou, retirar o tal programa do ar, mandar o tal Edinho embora e, por fim, emitir um solene pedido de desculpas. Se agissem desse modo, eu teria de reconhecer a grandeza da ação e o testemunho de humildade. Porém, como isto me parece meio difícil de ocorrer - e tomara que eu esteja errado -, no caso de a CN obstinar-se no seu anti-testemunho, estará claro, para qualquer um, a verdadeira natureza de um demônio que se travestiu de luz mas que terminou por mostrar o seu rabo e os seus chifres.

Que a Virgem Maria esmague a cabeça da serpente.

Fábio.
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4 comentários:

  1. Salve Maria,

    Desculpe Fabio mais você acredita em Papai Noel, boi-tatá entre outras fabulas meu irmão. Sabe eu acredito que por mais conhecimento que você tenha ainda continua cego, um Padre me deu um conselho e me disse quando tiveres dúvidas procurem o que os Santos fariam, e os documentos antigos da Igreja.
    Tá na cara que esse Eto quer ganhar dinheiro, ele não é bobo e a muito que a canção nova esta neste mundo marxista neste MALDITO ECUMÊNISMO, querendo colocar buda e outros demônios no mesmo patamar do Nosso Senhor Jesus Cristo.
    Desculpe e admiro sua Paciência e dá a opção da dúvida para os dirigentes da Canção Nova até porque você tem amigos lá. Porém lembro que Jesus nunca deixou de falar a verdade toa a quem doer.
    Meu caro graças a Deus que vejo que o caminho que estou tomando é mais duro, porém vejo que o melhor e é de Deus.
    A busca pela verdadeira Tradição Católica e não essa mentira Ecumenista do Concilio Vaticano II e protestante desses movimentos de RCC.

    Que Nossa Senhora o ajude a encontrar e discernir sobre a verdade.

    Sei que você não acredita em profecias mas veja essa desse link é muito antiga:
    http://www.aveluz.com/tres_dias_escuridao.htm

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  2. Caro Benício,

    Eu não afirmei a inocência do Eto. Apenas considerei a possibilidade de ele não saber muito o que está fazendo. Claro que pode acontecer de ele saber muito bem.

    Mas, por exemplo: o caso passado do Pe. José Augusto, em que o Eto o censurou. Esta censura pode ter partido livremente dele, como estratégia para a promoção do PT, mas pode também ter sido meramente motivada pela sua covardia. Bastaria um mero sofista pra convencê-lo de emitir a tal censura. Veja que não estou afirmando que as coisas se deram assim. São apenas conjecturas.

    Agora, também, o rapaz veio de uma audiência com o Santo Padre. Lá, o Papa lhe pediu pra organizar um programa com a temática da Doutrina Social. Considere que, se o Eto não tem idéia do que seja a Doutrina Social, ele pode ser manipulado por qualquer um que, pretensamente, queira ajudá-lo, como o Chalita, por exemplo.

    Mas pode, também, ter ocorrido tudo de modo muito consciente. O que nos mostrará as verdadeiras intenções deste povo é o modo como vão lidar com esses manifestos de desaprovação de católicos no Brasil afora e do próprio Pe. Paulo Ricardo. Penso que o Prof. Felipe também há de falar algo, uma vez que ele mesmo organizou, já depois do ocorrido, um artigo sobre a visão que a Igreja tem do socialismo.

    Por fim, eu não tenho nenhum amigo na Canção Nova. E ainda que tivesse, não seria por isso que eu me motivaria a defendê-la se eu não visse motivos para tal. Aqui, também, não estou de modo nenhum a defender a CN. Não gosto dela e não a assisto já há muito tempo.

    Sobre o Eto, ou ele é mesmo muito bobo - como me parece - ou é muito dissimulado, o que é possível também. Nós veremos isso jajá.

    Pax.

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  3. Salve Maria,

    Ok meu amigo, sabe infelizmente hoje estamos vivendo uma mal muito grande na Igreja verificou a profecia o quê você achou?
    Fique com Deus
    Benicio
    Pax

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  4. Sobre a profecia, não a li inteira. Mas penso que se trata dos famosos três dias de trevas, comentados por muitos santos.

    Não duvido de que estes dias, de fato, acontecerão. Porém, isto não quer dizer que se darão à maneira "heckhertiana". O Eckhert simplesmente utilizou esta profecia tão conhecida pra tentar alguma credibilidade aos seus disparates.

    Com toda a Igreja, eu reafirmo que não se pode saber quando essas coisas acontecerão.

    Abraço.

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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