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Sobre Missas-Shows e certos eventos que nem o demônio ousaria...

"Carniceiros", como os chama Nosso Senhor.
O que a Santa Missa é, na verdade...

Eu fico olhando este costume pavoroso que se tornou comum nos dias de hoje. Uma atitude tão profundamente cruel, tão nefasta e blasfema e que, não obstante sua fealdade suprema, tem tomado lugar frequentemente nos ambientes ditos católicos. Falo da instrumentalização do Santo Sacrifício da Missa para fins outros. Que terrível é que os padres não tenham mais a mínima noção da absoluta sacralidade da Liturgia Eucarística e saiam promovendo todo tipo de eventos e festas, pondo, às vezes, a Santa Missa em paralelo ou abaixo de outras atrações que sequer alcançam o nível básico da moralidade.

Dias atrás, presenciava eu um desses eventos. A Santa Missa acontecia sobre um palco, no extremo lado direito, num canto apagado. Ao centro, ia um telão. Depois do Sacrifício do Senhor, os presentes assistiriam um filme. Parecia, na verdade, que essa era a atração principal: o filme. Ali não se via nenhum cuidado com a Liturgia e as músicas se assemelhavam muito mais a um batidão. Qualquer sombra de verdadeira arte estava ausente. A dispersão dos presentes era total. Barracas, aos lados, vendiam churrascos e batatas fritas. Ninguém tinha a menor idéia do que estava a acontecer: um sacrilégio coletivo.

Por diversas vezes, eu li que a comunhão indigna é um pecado imensíssimo. No entanto, não há mais qualquer cuidado. Os padres não se importam em formar os fiéis; nunca falam do pecado mortal, não acompanham os poucos que ainda pretendem ter uma vida espiritual minimamente coerente. Os fiéis que querem seguir o catolicismo de modo absoluto devem se animar a dar passos solitários, guiando-se a si mesmos, formando-se a si mesmos, e sendo mal vistos a todo o tempo como pessoas suspeitas.

Uma tal de Missa dos Vaqueiros está aí a ser anunciada. Virá um cantor relativamente famoso para fazer a festa depois da Missa. É claro que os que comparecerão a este evento estarão visando sobretudo o show posterior. Sequer quero imaginar as disposições de alma dos que lá estarão, as estratégias de diversão, as roupas com que aparecerão na "mesa dos escarnecedores". E ai dos que criticarem este tipo de coisa; serão vistos como fanáticos, fundamentalistas, alienados e adeptos de qualquer modinha perigosa e inconveniente que não deve ter mais espaço nos nossos dias.

E lá se vão tantas e tantas comunhões sacrílegas de tantas almas em pecado mortal. E lá se vão tantos fragmentos da Eucaristia caindo pelo chão e sendo pisoteados nas danças imorais que se seguirão. E lá virá Nosso Senhor, de novo, dar-Se em sacrifício pelos seus, mas não ser por eles reconhecido, nem amado, nem adorado, nem sequer respeitado. A Missa torna-se como que atração cultural de abertura de um show estranho. Reduz-se o Calvário aos festejos típicos de uma certa região. Deixa de ser a Redenção do mundo, para ser uma comemoração vazia, uma simples agitação de cadáveres sem alma que tentam, à força de sacrilégios e barulhos fátuos, distraírem-se da própria nulidade, da ausência de sentido com que vivem. E, quando a Santa Missa poderia e deveria ser o encontro com o Cristo na Cruz, à semelhança dos feridos no deserto que olhavam para a Serpente de Bronze, alguns outros fazem questão de encobrir a cruz e brincar de reunião fraterna, com chapéus de festa, ao jeito de infantes irresponsáveis, com gritinhos e sons de berrantes; tudo isto para abafar, no alarido nonsense destes desesperados, o grito terrível dAquele que, pendente na Cruz, deu a vida por nós, nós que agimos como imbecis irresponsáveis e dignos mil vezes do inferno.

Advertiu São Paulo: "de Deus não se zomba". Eu gostaria muitíssimo de ver o braço absoluto de Nosso Senhor. Ando muitíssimo saturado disso tudo. Imensamente cansado... E toda essa bagunça tem repercussão na minha vida espiritual. Eu gostaria de ver pelo menos um traço da indignação do Senhor, mas Jesus tem um amor e uma paciência infinitos. Porém, a justiça será feita. E nenhum devasso escapará. 

**

PS.: 
* As profanações, nos dias de hoje, são ainda piores do que as piadas que os fariseus soltavam diante da Cruz. Naquela ocasião, Nosso Senhor pedia ao Pai para lhes perdoar, pois eles não sabiam o que faziam. Hoje,  porém, Jesus não poderia repetir tal petição.

* Este mascaramento do Sacrifício do Senhor impede, objetivamente, que as pessoas conheçam a Deus tal qual Ele é, isto é, impede que muitas pessoas se convertam, dando-lhes uma visão equivocada sobre Deus e Sua Igreja, ameaçando eternamente as suas almas. Se, na verdade, toda a ação da Igreja deveria se orientar para a glória de Deus e a salvação das almas, este tipo de brincadeira irresponsável impede um e outro. Só Deus poderia dizer o tamanho desta afronta.

* Ontem foi dia de Nossa Senhora da Salette. Ela, quando apareceu, falou-nos de tudo isso. Recomendo a leitura aqui. Peçamos ao Céu que nos socorra. E os que podem ter uma vida católica completa, agradeçam infinitamente e rezem por nosotros.

Fábio.
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3 comentários:

  1. Salve Maria,

    Sim meu irmão concordo com você que estamos sozinhos sem um conselheiro espiritual que nos possa ajudar nessa caminhada, pela verdadeira fé católica.
    Onde nós podemos contar com vontade de Deus por isso nesses tempos dificieis devemos nos consagrar sempre aos dois corações sagraos de Jesus e Maria.

    Fique com Deus.
    Benicio

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  2. Esses são os frutos amargos e absurdos desta nova igreja que surgiu com o Vaticano II.
    Enquanto isso o Papa irá comemorar as 95 teses de Lutero.
    Brilhante. Se nem o Papa é católico como esperar que o povo simples creia no que a igreja ensina.
    Celebrar os delírios de Lutero pra mim foi demais.



    Rogério, BSB-DF

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  3. A SOLENE CELEBRAÇÃO DA SANTA MISSA DE SÃO PIO E MAUS EXEMPLOS DE OUTROS LOCAIS
    O mundanismo e a ditadura do relativismo infiltraram-se na Igreja sob vários disfarces, provenientes de interpretações proposital-fraudulentas do Vaticano II: sincretismos, “auês” religiosos, conotações protestantes, inclusive de músicas, tentando nivelar ou até superiorizar o povo a Deus e muitas adaptações e interpretações pessoais e comunitárias secular-sectarizantes.
    É bom frisar que a Igreja possui sérias infiltrações da Internacional Socialista há décadas e outras sociedades secretas; um dos subfrutos oriundos atuantes e nocivos dessas distorções é a Teologia(Heresia) da Libertação/Marxismo Cultural – TL/MC – que de teologia nada possui por imanentizar, socializar todo seu conteúdo transcendente, sucedendo-o por meio de alguns membros ordenados apostasiados, ex freis Boff, Betto, etc., banalizando a doutrina e a liturgia, ainda implantando o materialismo-ateísmo na sociedade; mais uma da TL/MC é a dessacralização do Mistério Eucarístico na Santa Missa, transformando-o apenas em ceia fraterna comum, deixando de lado o respeito, devoção e recolhimentos, tão necessários à sacralidade, sacrificialidade do Memorial da Paixão e Morte incruento de Jesus na cruz.
    Ao acaso a SS Virgem Maria junto à cruz batia palmas, alegrava-se àquele momento, em tão dolorosíssima situação?
    Há, por sinal, muitos católicos de comportamentos superficiais, desvirtuados e alienados à fé, adeptos das seguintes idéias: gosto de ir a uma Missa animada…Cheia de situações atraentes… Um cantor e orquestra lindos… Que “Missa boa” do padre fulano, choro de emoção, isso é que é Missa! A do outro padre, nem me falem, monótona demais, cansativa…Parece que a fé(?) de alguns para existir e funcionar, tem de haver estímulos exteriores…
    Vejam abaixo o atual e oportuníssimo comentário do S. Padre Bento XVI da Carta Apostólica do S. Padre e Beato João Paulo II – Domenica Coena – datado de 24/02/1980.
    “A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado. Muitos pensaram e disseram que a liturgia deve ser feita por toda comunidade para ser realmente sua. É um modo de ver que levou a avaliar o seu sucesso em termos de eficácia espetacular, de entretenimento. Desse modo, porém , terminou por dispersar o propium litúrgico que não deriva daquilo que nós fazemos, mas, do fato que acontece. Algo que nós todos juntos não podemos, de modo algum, fazer. Na liturgia age uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se: o que nela se manifesta é o absolutamente Outro que, através da comunidade chega até nós. Isto é, surgiu a impressão de que só haveria uma participação ativa onde houvesse uma atividade externa verificável: discursos, palavras, cantos, homilias, leituras, apertos de mão… Mas ficou no esquecimento que o Concílio inclui na actuosa participatio também o silêncio, que permite uma participação realmente profunda, pessoal, possibilitando a escuta interior da Palavra do Senhor. Ora desse silêncio, em certos ritos, não sobrou nenhum vestígio.

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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