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CEBs, Igreja e Política - Dom Eugenio de Araujo Sales



Abaixo, destaco alguns trechos do artigo de Dom Eugenio de Araujo Sales, Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro, entitulado "CEBs, Igreja e Política".

"À medida que se desenvolvem e crescem nossas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), manda a prudência cristã que haja vigilância na defesa de suas características essenciais."

"O fulcro sobre o qual está depositado o futuro das CEBs é a fidelidade às orientações do Magistério que governa a Igreja. Elas são parte integrante das paróquias e estas, das comunidades diocesanas que estão sob a direção dos Bispos e do Sucessor de Pedro, o Santo Padre.
Qualquer procedimento discordante constitui uma traição e uma ruptura, com a separação do tronco e a supressão da seiva divina."

"Há perigo de desvios? Sim. Quando veio ao Brasil, o Papa João Paulo II, em 1980, deixou um documento intitulado “Mensagem aos Líderes das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil”. Nele observava o Sucessor de Pedro: “Sublinho, também, esta eclesialidade, porque o perigo de atenuar essa dimensão, de deixá-la desaparecer em benefício de outras, não é nem irreal nem remoto. Antes, é sempre atual. É particularmente insistente o risco de intromissão do político. Esta intromissão pode dar-se na própria gênese e formação das comunidades (…). Pode dar-se também sob a forma de instrumentalização política das comunidades que haviam nascido em perspectiva eclesial” (nº 3). Tratava-se de uma advertência que não chamaria de profética, pois já existiam desvios que motivaram a paternal e firme admoestação do Romano Pontífice."

"Diante da importância dessa atividade religiosa, é dever do Bispo e de milhares de integrantes das Comunidades Eclesiais de Base zelar pela observância dos rumos dados pelo Magistério. É o que João Paulo II chamava de “uma delicada atenção e um sério e corajoso esforço para manter, em toda a sua pureza, a dimensão eclesial dessas comunidades
(idem)."

"Com alguma frequência, se manifesta, em certos meios, incontrolável desejo de independência face às normas que nos são ditadas pela Santa Sé. Para esses cristãos, vale mais a autonomia e a autodeterminação.
Trata-se de um comportamento oposto ao verdadeiro “sentire cum Ecclesia”, “sentir com a Igreja”, que contradiz as aspirações de uma liberdade sem restrições, com um rompimento com tudo o que contraria o modo de conceber a estrutura religiosa e a atividade pastoral. Ora, se somos católicos, a obediência às leis da Igreja não é facultativa, mas obrigatória."

"Não cabe ao fiel proclamar o que aceita ou rejeita, não é o povo de Deus que decide, mas o Espírito Santo que, embora “sopre onde quer”, jamais está em contradição consigo mesmo, Ele que dirige a obra de Cristo desde suas origens."

"Uma outra fonte de contradição é a falsa interpretação da Sagrada Escritura. O Santo Padre nos adverte que as CEBs devem receber da Igreja a “reta interpretação da Revelação divina na Bíblia e na Tradição, os meios de salvação, as normas de comportamento moral, a vida de oração, a liturgia etc” 

Leia o texto inteiro no blog do Prof. Felipe Aquino.  
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9 comentários:

  1. Ouço muitas pessoas falar bem e outras não muito bem da teologia da libertação. Não sou dono da verdade, mas a partir da minha experiência posso afirmar categoricamente que a teologia é libertadora ou não é teologia. Jesus se fez humano para libertar a humanidade de todo jugo. Negar a teologia da libertação é negar Jesus Cristo, seu evangelho, sua missão: “Jesus então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galiléia. E sua fama divulgou-se por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas e era aclamado por todos.
    Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo seu costume, e levantou-se para ler. Foi-lhe dado o livro do Profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano da graça do Senhor”.(Lc 4,14-19).
    Eis aí o fundamento da verdadeira teologia da libertação.
    Os verdadeiros discípulos e discípulas de Jesus não têm que se questionar, na missão, se estão ou não agradando aos homens, e sim a Deus (cf. Gl 1,10).
    “Deus nos achou dignos de confiar-nos o Evangelho, e assim o pregamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que sonda os nossos corações”. (1Tes 2,4). Evangelizar significa fazer e ensinar tudo o que Jesus fez e ensinou, pondo nEle nossa confiança.

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  2. O cristianismo, como bem disse Dom Oscar Romero, não é um conjunto de verdades para serem aceitas, ou de leis para serem cumpridas. O cristianismo, antes de tudo, é uma Pessoa, é Jesus Cristo, que nos ama e quer nosso amor que deve se concretizar no serviço a todas as pessoas, mas especialmente aos pobres, sofredores e excluídos (Mt 25,31ss).
    O tema do V CELAM é: “Discípulos e missionários de Jesus, para que nEle todos os povos tenham vida”.
    O Papa Bento XVI foi muito feliz ao escolher o tema, pois Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida”. (Jo 10,10).
    Na América Latina, no Caribe e em tantos outros países uma multidão vive à margem da vida que Deus quer para todos e não somente para alguns privilegiados.
    Assim, é mais do que lógico que a Conferência de Aparecida será fiel a Jesus Cristo libertador, assumindo ainda mais o compromisso de estar a serviço dos preferidos de Deus, os pobres, que clamam por vida com dignidade. A opção preferencial pelos pobres é característica essencial da nossa Igreja, especialmente das conferências episcopais da América Latina e do Caribe. Quem terá a coragem de entristecer o Espírito de Deus desvirtuando o que torna nobre a nossa Igreja? Evidente que ninguém quer massacrar os ricos, mas sim as estruturas pecaminosas que geram alguns privilegiados à custa do sofrimento e do sangue de uma maioria empobrecida que faz crescer o capital no mundo, acumulado nas mãos de poucos. Não estaremos nunca do lado da pobreza, mas dos pobres para com eles, e na certeza de que o Senhor está conosco, buscarmos fazer a Sua Santa Vontade: Vida para todos os povos e não somente para algumas pessoas. Se ressuscitamos com Cristo somos novas criaturas, desapegados de toda idolatria do ter, do poder e do prazer, fonte de morte. Ressuscitados com Cristo, nossa missão é comprometer-nos com Ele à serviço da vida , construindo uma sociedade justa e igualitária, sem excluir ninguém. Esta missão é urgente. Não corramos o risco de ouvir do Senhor: “Corríeis bem. Quem pois vos cortou os passos para não obedecerdes à Verdade?”(Gl 5,7).

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  3. Assumamos com coragem a missão para que “naquele dia” possamos ouvir: “Vinde, benditos do meu Pai, tomai posse do reino que vos está preparado desde a criação do mundo” (Mt 25,34).
    Evidente que a missão de lutar para que em Cristo todos os povos tenham vida vai além das doutrinas e leis, vai além da distribuição de migalhas ou bolsas... Consiste em romper definitivamente com a desigualdade geradora de morte e com as correntes das injustiças.
    A razão fundamental que nos move a esta missão provem da fé na Pessoa de Jesus que venceu o mundo (Jo 16,33).

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  4. Caro Erick, Salve Maria.

    Pareces muito bem intencionado, mas fazes muita confusão. Quando nos falta a reta doutrina da Santa Igreja, é comum que adotemos qualquer outra; no seu caso, a TL, transmutação ilegítima de um marxismo que se disfarça de cristianismo. MAs vamos ao seu texto...

    Primeiramente, dizes que ouves muitas pessoas falar bem e outras não muito bem da Teologia da Libertação. Isso não significa nada. Pegue um assunto em particular, e haverá quem o defenda e quem não. O consenso não é garantia de verdade. Foi o consenso quem escolheu Barrabás, coisa que os TListas também fazem, embora o chamem de Jesus. Mais à frente, digo porque.

    Depois dizes que a partir da tua experiência podes afirmar categoricamente que a teologia ou é libertadora ou não é teologia. Meu caro, tens somente 18 anos, e já queres decidir algo assim baseado na tua experiência? Pois é, sua <> experiência faz vc cometer vários erros. Vejamos...

    O termo "libertadora" é um termo equívoco, isto é, possui ambiguidade pelo que pode dar margem a mais de uma interpretação. É típico dos sofismas revestir-se de uma aparência que ele não tem. Mas, obviamente que Cristo veio nos trazer a libertação; convém, porém, mostrar que tipo de libertação foi esta. Marx reduz tudo às questões econômicas e sociais. Jesus, porém, transcende infinitamente esta perspectiva. Antes de pão, o homem vive da Palavra que sai da boca de Deus (Mt 4,4).
    A Libertação é, primeiramente, do pecado, porque, se pecas, és escravo dele (Jo 8,34). Ora, mas esta libertação não se dá de qualquer forma. COmo dizia o nosso tão amado Papa Bento XVI, uma ação correta (boa) supõe uma Fé correta. Ora, a Fé é uma virtude intelectual e, portanto, requer uma adesão a uma verdade objetiva: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará" (Jo 8,32).
    Surge como consequência disto (isto é, depois disto, posterior a isto) também uma preocupação social, mas cujo fim é muito diverso do objetivo proposto por Marx, que tende muito mais ao anarquismo.
    Primeiro, a adesão a Cristo não comporta ilusões: "Pobres, sempre tereis convosco (Mt 26,11). Não se trata, porém, de legitimar as relações de exploração e miséria, mas, antes, a partir de uma reta compreensão à luz da verdade que é Cristo, pôr ordem, isto é, tornar justas as relações, o que difere imensamente de uma proposta igualitária que seria, no dizer dos Papas e do Magistério da Igreja, verdadeiramente funesta. Explicarei mais adiante.

    Este texto que usas da "libertação aos cativos" é estratégico dos adeptos da TL. Ele surge como substituição de outro, menos cômodo: "Quem crer e for batizado, será salvo; quem não crer, será condenado" (Mc 16,16). Vês, portanto, que a proposta cristã não tem este romantismo sentimentalóide, mas mantém a objetividade e a clareza de que a aceitação da proposta de Jesus é sim uma condição para a Salvação. Portanto, caro Erick, haverá sim excluídos do Reino; estes serão os que não aceitarem Jesus. Veja que a desigualdade está presente mesmo no plano de Cristo. E pq? Porque a desigualdade não é necessariamente um mal. E se isto te soa incômodo, é pq te doutrinaram nesta ideologia torpe do marxismo, ainda que não dêem nome aos bois. Mas, como eu disse, mais à frente a gente esclarece melhor este aspecto, e te darei algumas sugestões de leitura.

    Continuemos.

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  5. Este texto que citaste não tem problemas em si. É perfeito, desde que bem interpretado. A TL, no entanto, faz manipulações e reducionismos absurdos. A libertação dos oprimidos e a vista aos cegos são os efeitos da conversão da alma a Nosso Senhor. Dar vista ao cego é fazê-lo conhecer a Verdade.

    Sobre a sua citação da fala de um Senhor Bispo, não sei em que contexto ele disse isto, mas é uma afirmação problemática. E que autoridade tenho eu para me opôr a um bispo?, perguntaria vc. Ora, nenhuma. Acontece que não estou opondo uma opinião minha, Erick, mas o ensino da Santa Igreja que, embora afirme absolutamente que o Cristianismo é uma Pessoa, Jesus Cristo Nosso Senhor, também expressa claramente que ele comporta um conjunto de verdades e doutrinas às quais devemos submeter inteiramente a nossa inteligência e a nossa vontade.
    Somente assim, na inteira cristianização do nosso ser, é que poderemos viver uma vida nova e ser novas criaturas. Está aí a radicalidade do seguimento cristão.
    Já que és franciscano, observe melhor o exemplo do Grande S. Francisco de Assis, muito diferente do que pinta a devoção popular atual, assemelhando-o mais a um hippie do que a um Santo do Crucificado. Note que ele não organizou uma revolução dos leprosos...

    Vc põe ainda uma citação de uma carta de Paulo, dizendo que não devemos pretender agradar aos homens, e sim a Deus. Justamente, é isso mesmo! Agora, torço pra que vc não esteja se referindo, com o nome de "homens", às autoridades da Santa Igreja. É pela Igreja Católica que Deus reina nas almas e converte-as a Si. Agradar a Deus é, portanto, servir e obedecer a Igreja. "Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos rejeita, a mim rejeita" (Lc 10,16). No livro "O Diálogo" de Sta Catarina de Sena, Deus Pai afirma que a ofensa à Igreja e aos seus ministros ordenados é, de todos, o maior pecado, pois O ofende (a Deus) diretamente. Não pense, portanto, poder agradar a Deus, desobedecendo a Santa Igreja.
    Este individualismo é protestante; surgiu com Lutero e, em diversos aspectos, é precursor de Marx.

    Sobre a afirmação de Jesus "Eu vim para que todos tenham vida". Não interprete estas coisas de uma forma mundana. Quando se refere à paz, Cristo diz: "Dou-vos a minha paz; não a dou como o mundo a dá" (Jo 14,27). Este naturalismo não é legal. A "vida em abundância" ou a "alegria plena" (Jo 15,11) são muito mais espirituais que mundanas. Uma vez que se as tem, elas tendem a extirpar, claro, das relações sociais tudo aquilo que não se coaduna à dignidade humana. Mas ter a vida não significa não ter a Cruz, pois carregá-la é uma das condições para seguir Nosso Senhor (Mt 16,24). Para a TL, porém, cuja visão é rasteira e nada compreende direito, a Cruz seria um estorvo e, ao contrário, como dizia S. Josemaria Escrivá, ela é certeza do encontro com Cristo. A pobreza pode também ser uma cruz de purificação.

    Depois, sua leitura dos problemas econômicos revela-se totalmente marxista, quando vc fala em "massacrar (...) as estruturas pecaminosas que geram alguns privilegiados à custa do sofrimento e do sangue de uma maioria empobrecida que faz crescer o capital no mundo, acumulado nas mãos de poucos". Até a sua terminologia é ideológica.

    Claro que é trabalho da Igreja contribuir para a dignificação das relações entre os homens, mas esta leitura que põe como pressuposto que o fato de haver desigualdade entre os homens é "pecaminosa" é falsa. "POde ser" pecaminosa, e "pode não ser". Compreenderias bem estas coisas se desses uma estudada na Doutrina Social da Igreja, ao invés destes textos de cunho esquerdista que pareces ler.

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  6. De fato, há a idolatria, como dizes, "do ter, do poder e do prazer, fonte de morte". Toda idolatria é fonte de morte; também a de Marx, Che, Stalin, Lênin, Mao Tsé Tung, Rosa Luxemburgo, leonardo Boff, Frei Betto, etc, etc...
    No entanto, caro Erick, não ter a idolatria do ter não significa não ter; não ter a idolatria do poder, não significa não ter poder; não ter a idolatria do prazer, não significa não ter prazer. Pode-se ter posses, poder e prazer sem que isso seja uma idolatria. Jesus é Sumo Senhor de tudo; tudo lhe possui, e nem por isso Ele é idólatra. Jesus Reina, é Todo Poderoso, e nem por isso é idólatra. Deus chama os seus servos para o prazer da Sua convivência, conforme diz o Salmista: "Com prazer faço a Vossa vontade"; e nem por isso, Deus nos convida à idolatria.

    Essa história de considerar o prazer como mal em si é gnóstico, à semelhança dos hereges cátaros... O que pode ser má é a intenção, os meios e se o prazer é tido como fim.

    Por fim, vc escreve algo profundamente incorreto: Diz que, ressuscitados com Cristo, nossa missão é construir uma sociedade justa e igualitária, sem excluir ninguém. E, então, esclareçamos o que antes eu havia prometido fazer.

    Justiça e Igualitarismo são totalmente opostos. A Justiça implica um reto ordenamento ou distribuição das coisas, nos seus devidos lugares. É justo quem ama a Deus sobre todas as coisas e, nEle, ama tudo quanto é digno, rejeitando e detestando tudo quanto é mau. Quando pomos as coisas nos seus devidos lugares, resulta daí que elas assumem posições diferentes, isto é, desiguais. Surge uma hierarquia, onde o menos bom se submete ao melhor e este, por sua vez, submete-se ao excelente, e assim por diante. Se as coisas fossem exatamente iguais, não haveria como ordená-las e, portanto, não haveria justiça, mas anarquia.

    Quando as coisas são bem ordenadas, isto é, são dispostas numa reta hierarquia, surge disto a harmonia, a ordem, que se manifesta também sob a forma de beleza. Além disto, a ordem de algo expressa a perfeição da inteligência que o ordenou, assim como uma pessoa alfabetizada e outra que não soubesse ler ordenariam de forma diversa os livros numa estante.

    A estrutura hierárquica, respeitando as particularidades de cada elemento, também assume uma característica suave e possibilita uma fácil mobilidade. Se os elementos que compõem este conjunto forem dotados de potência ao aperfeiçoamento, conforme cresçam e se destaquem, haverá como que uma escada, composta de diversos degraus, por onde se poderá subir.

    Uma sociedade igualitária, ao contrário, supõe que todos os homens foram feitos sob uma mesma fôrma. Ela ignora que há homens mais excelentes numa determinada área e outros, menos excelentes. Na verdade, uns são mais fortes fisicamente, outros são mais aptos às ciências exatas; outros sabem governar; outros sabem conduzir nos mistérios da religião. Esta distribuição de desiguais elementos mantém a harmonia. Porém, supor que todos os homens são iguais é, primeiramente, desrespeitar-lhes os elementos que lhe são próprios e que foram dados pelo próprio Criador. Depois, na ânsia de nivelá-los, não há como obrigar um mau médico, por exemplo, a se tornar um ótimo médico, mas somente o contrário: há como obrigar o ótimo a se tornar ruim. Daí que esta nivelação só pode acontecer por baixo. Nesta situação, houve um desrespeito pelo que era superior; mutilou-se-lhe a excelência e se lhe obrigou a igualar-se ao que lhe era inferior. Depois, retirando os degraus e impedindo toda possibilidade de ascensão (pois subir é destacar-se e, portando, tornar-se desigual), o inferior também não terá nenhuma perspectiva de crescimento.

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  7. Uma sociedade igualitária é, dessa forma, desordenada, injusta, feia, anárquica.
    Considere o seu Corpo, Erick. Seus pés estão embaixo e suas mãos encima. Eles não reclamam por isso. Ao contrário, essa desigualdade permite a facilidade na sua locomoção e nos seus afazeres. A sua vida se mantém porque estes elementos assumem o seu lugar e vc os respeita por isso.

    Por trás da ideologia igualitária do marxismo e da TL está, portanto, um ódio à ordem, à beleza, à vida, ao homem, a Deus.

    Se algo não ficou claro, recomendo vivamente a seguinte leitura:

    Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, sobre a condição dos operários
    http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum_po.html

    Encíclica Quadragesimo Ano, do Papa Pio XI, sobre a restauração e aperfeiçoamento da ordem social em conformidade com a lei evangélica
    http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_19310515_quadragesimo-anno_po.html

    Encíclica Divini Redemptoris, do Papa PIO XI, sobre o Comunismo Ateu.
    http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_19370319_divini-redemptoris_po.html

    Artigo Desigualdad Natural contra Igualitarismo Revolucionário (espanhol), Pe. Juan Carlos Ceriani
    http://a-grande-guerra.blogspot.com/2010/06/desigualdad-natural-contra.html

    Se és o Filho de Deus..." - o inspirador da TL, Texto do Papa Bento XVI
    http://anjosdeadoracao.blogspot.com/2010/06/se-es-o-filho-de-deus-o-inspirador-da.html

    Alerta contra a instrumentalização da Igreja face aos interesses comunistas
    http://anjosdeadoracao.blogspot.com/2010/05/entrevista-com-o-pe-paulo-ricardo.html

    Catecismo AntiComunista, D. Geraldo de Proença Sigaud
    http://www.santotomas.com.br/?p=508

    Libertatis Nuntios, Bento XVI, sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação
    Parte 1- http://venicreator2008.blogspot.com/2010/06/instrucao-libertatis-nuntius-sobre.html
    Parte 2- http://venicreator2008.blogspot.com/2010/06/instrucao-libertatis-nuntius-sobre_19.html
    Parte 3- http://venicreator2008.blogspot.com/2010/06/instrucao-libertatis-nuntius-sobre_21.html
    Parte 4- http://venicreator2008.blogspot.com/2010/06/instrucao-libertatis-nuntius-sobre_25.html

    Texto "Eu vos explico a Teologia da Libertação", do Cardeal Joseph Ratzinger:
    http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=SANTA&id=san0298

    Clodóvis Boff (irmão do Leonardo Boff) e a Teologia da Libertação
    http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/06/20/clodovis-boff-e-a-teologia-da-libertacao/

    Enfim... Já é um bom material. Provarás tua sinceridade, lendo isso...

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  8. *********
    Enfim, pra terminar, ainda sobre a objetividade da Verdade como doutrina, escreve S. Paulo:

    "Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!" (Gal 1,8-9). Veja que Paulo é muito rigoroso com a retidão da doutrina. Portanto, caro Erick, aprenda da Igreja e não daqueles que, vindo de fora, apenas querem roubar, matar e destruir (Cf. Jo 10,10).

    Que Deus o abençoe e S. Francisco interceda por ti.
    Que a Virgem Santíssima o conduza.

    Pax

    Fábio.

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  9. Ah, faltou explicar porque Barrabás é o "Jesus" dos TLs.
    Se ainda tiver paciência, posso explicar...

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Fique à vontade para comentar. Mas, se for criticar, atenha-se aos argumentos. Pax.

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